Implante ósseo alógeno liofilizado e esterilizado por irradiação gama utilizado como espaçador no avanço da tuberosidade tibial modificada para tratamento da doença de ligamento cruzado cranial em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Morato, Gláucia de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151283
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar, clínica e radiograficamente a utilização de cunha de osso alógeno córtico-esponjoso liofilizada e esterilizada em raio gama, obtida de banco de ossos, implantada como espaçador na TTA modificada em 16 joelhos de 15 cães com diagnóstico clínico de doença do ligamento cruzado cranial. Os pacientes foram submetidos a radiografias e avaliação da locomoção previamente ao procedimento cirúrgico. No pós-operatório, as avaliações foram realizadas imediatamente após a cirurgia e aos 30, 60, 90 e 120 dias. A ferida cirúrgica foi avaliada quanto a sinais de infecção e rejeição do implante ósseo. Locomoção foi graduada em escores 0-5, sendo 0: paciente clinicamente saudável e 5: impotência funcional do membro. As interfaces corpo da tíbiaimplanteósseo-crista tibial foram avaliadas radiograficamente em escores de 0-3 cada interface, sendo 0: nenhum contato entre implante e osso adjacente e 3 ponte óssea em toda extensão da interface. Os pacientes apresentaram boa recuperação clínica e radiográfica. A utilização dos espaçadores ósseos para TTAm oriundos de banco de ossos apresentou praticidade e comodidade em termos de armazenamento e transporte dos ossos. O espaçador ósseo liofilizado permitiu execução rápida e satisfatória da TTAm, apresentando resistência à perfuração e fixação com parafusos em 87,5 % dos casos (14, n=16) e tempo cirúrgico médio de 45,9 minutos. Não se observou reações imunogênicas com consequências clínicas em 93,7% dos casos. Um paciente (n=16) apresentou infecção do foco cirúrgico, com remissão dos sinais após terapia antimicrobiana. Foi possível verificar recuperação funcional do membro em todos os pacientes, sendo observado aos 120 dias, maior número de pacientes clinicamente saudáveis em comparação aqueles com claudicação (p≤0,05). Em todos os pacientes, foi possível verificar incorporação do implante ósseo à tíbia. A união óssea ocorreu de forma progressiva, sendo os estágios de união óssea observados nas radiografias aos 60, 90 e 120 dias significativamente maiores (p<0,05) que aqueles observados aos 30 dias e pós imediato. Com base nos dados desta pesquisa foi possível concluir que o osso liofilizado apresenta baixa imunogenicidade, propriedades osteocondutoras e osteoindutoras quando utilizado como espaçador na TTAm. Este espaçador mantem o avanço da tuberosidade tibial adequadamente, permitindo recuperação clínica dos pacientes enquanto o gap na tíbia é preenchido com osso neoformado.