Estudo neurocognitivo de pacientes com HIV e as suas relações com qualidade de vida e adesão ao tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Góes, Claudia Cristina de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144471
Resumo: A estimativa de pessoas vivendo com HIV/AIDS é de 734mil, a maior concentração de casos é na população com idade entre 25 e 39 anos desde 1980 até junho de 2014. Devido à supressão do sistema imune e queda do número de células de defesa CD4, o paciente pode ser acometido por alterações no funcionamento fisiológico e por doenças oportunistas, incluindo as manifestações neurológicas, como os transtornos neurocognitivos associados ao HIV (HAND; HIV-associated neurocognitive disorders). Pessoas com HAND geralmente apresentam comprometimento da aprendizagem e das habilidades motoras, alterações de humor e déficits nos domínios cognitivos, os quais são classificados conforme a gravidade como leve, moderada ou grave e podem comprometer a adesão ao tratamento com antirretrovirais e à qualidade de vida. Contudo, a relação entre estas variáveis, cruciais para a sobrevivência do paciente, não se encontra estabelecida, sendo o envelhecimento uma das variáveis a esclarecer. Objetivou-se traduzir e adaptar o instrumento Simplified Medication Adherence Questionnaire (SMAQ); avaliar e comparar diferenças do desempenho cognitivo entre dois grupos em função da idade e identificar relações entre Qualidade de Vida e adesão à Terapia Antirretroviral combinada. Foram avaliados 50 voluntários com idades entre 21 e 58 anos e divididos em dois grupos (jovens e maduros) que participaram do protocolo completo, composto por testes cognitivos (domínios cognitivos: atenção, memória, linguagem e inteligência) e escalas de rastreio de depressão, ansiedade, uso de drogas psicoativas, adesão ao tratamento e qualidade de vida e situação socioeconômica. Como resultados, foram encontradas diferenças significativas entre os grupos nos seguintes domínios cognitivos: memória episódica, memória operacional, linguagem, processamento visuoespacial e função sensório-motora, tornando possível observar a influência da idade sobre o comprometimento cognitivo em pessoas vivendo com HIV.