Classificação fenotípica prognóstica para neoplasmas mamários em cadelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Varallo, Giovanna Rossi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/147056
Resumo: O câncer de mama é uma doença heterogênea. Em mulheres está estabelecido um perfil imuno-histoquímico para utilização na rotina clínica de pacientes com câncer de mama. Os fenótipos luminal A, luminal B, HER2 superexpresso e triplo negativo apresentam diferenças prognósticas e preditivas. Entretanto, para a neoplasmas mamários em cadelas, não há uma classificação fenotípica definida. As diferenças prognósticas entre os fenótipos são atribuídas às assinaturas do tumor. Os estudos gênicos possibilitam averiguar o perfil genético da doença e a identificação de novos marcadores moleculares. O objetivo do estudo foi propor uma classificação fenotípica para a determinação de quatro fenótipos: luminal A, luminal B, HER2 superexpresso e triplo negativo, bem como avaliar a imunoexpressão dos marcadores anti-E-caderina, anti-claudinas 1, 3, 4, 7 e do anti-CD24 e anti-CD44. Na segunda etapa do estudo, objetivou-se avaliar o perfil de expressão gênica global dos carcinomas de mama e a diferença de expressão gênica entre os grupos fenotípicos. Para a avaliação imunohistoquímica, o grupo experimental foi composto por 110 amostras de câncer de mama dispostas em lâminas de tissue microarray. Obteve-se 42 tumores luminal A, 41 luminal B, 17 triplo negativo e 10 HER2 superexpresso. Constatou-se que estes últimos apresentam fenótipos mais agressivos e com menores sobrevidas. A expressão positiva da E-caderina foi mais acentuada nos grupos luminal A e luminal B, já a negativa no triplo negativo e no HER2 superexpresso. O padrão das expressões das claudinas 1, 3, 4 e 7 foi semelhante entre os subfenótipos. As células-tronco tumorais foram relacionadas aos graus histológicos mais agressivos (II e III). Para a avaliação da expressão gênica foram usadas 12 amostras de carcinoma mamário de cadelas e quatro mamas normais. Não foi evidenciada diferença na expressão gênica entre os grupos luminal A, luminal B, HER2 superexpresso e triplo negativo pelo microarranjo. O perfil gênico global das neoplasias estudadas mostrou 878 genes superexpressos e 821 genes subexpressos. A análise de enriquecimento aplicada aos genes superexpressos apontou o gene HYAL-1 como um potencial marcador diagnóstico e de recidiva. O PCR confirmou esse resultado. Conclui-se que a classificação molecular é uma ferramenta importante para a avaliação prognóstica dos pacientes com neoplasmas mamários. O gene HYAL-1 diferencialmente expresso participa da via de sinalização metabólica relacionada à carcinogênese mamária e a superexpressão está relacionada com o desenvolvimento do câncer e à recidiva.