Representações amorosas em narrativas de Marçal Aquino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fantini, Kelly Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238513
Resumo: A obra de Marçal Aquino é muito lida e vista pela crítica como sendo violenta e brutal, além de destacar-se como narrativa policial. Pouco se fala das relações amorosas que permeiam suas histórias. Dado esse fato, o presente trabalho propõe-se a demonstrar, em determinadas narrativas do escritor, a grande importância da temática amorosa. O corpus é constituído pelo romance Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios (2005), pelo conto “Sete epitáfios para uma dama branca (Que, descalça, media 1,65 m e, nus, pesava 54 quilos)”, de O amor e outros objetos pontiagudos (1999) e pelos roteiros oriundos da narrativa romanesca: o teatral Amor de servidão (2008) e o cinematográfico Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios (2012) e o filme homônimo, também de 2012. Além da demonstração da importância do tema do amor nas obras citadas e do modo como ele se desenvolve em cada uma delas, verificamos, comparativamente, proximidades e diferenças no tratamento do tema entre elas. Ademais, mostramos que o romance de 2005 pode ser considerado uma ampliação do conto de 1999. O apoio teórico é dividido em estudos sobre o amor e composto especialmente por O banquete (2014), de Platão, A dupla chama: amor e erotismo (1994), de Octavio Paz, O Erotismo, de Georges Bataille (2017) e Tratado do amor cortês (2000), de André Capelão, também por estudos sobre a violência, como “Linguagens contemporâneas da violência” (2013) e “Os cenários urbanos da violência brasileira” (2000) de Karl Erik Schollhammer e “Por um realismo brutal e cruel” (2012) de Renato Pereira Gomes. Para a análise da narrativa contamos os estudos de Gérard Genette em Discurso da narrativa [197-] e, para análise do conto, baseamo-nos nos estudos Valise do cronópio (1993) de Julio Cortázar, A educação pela noite e outros ensaios (1989), de Antonio Candido e O conto brasileiro contemporâneo (2002), de Alfredo Bosi. As teorias de Syd Field em Roteiro: os fundamentos do roteirismo (2014) e Manual do roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico (2001) e Da criação ao roteiro (1995), de Doc Comparato foram fundamentais para a compreensão do roteiro e da adaptação cinematográfica, bem como Jean-Pierre Ryngaert (1996) em Introdução à análise do teatro, para o estudo do texto dramático. O resultado das análises permitiu levantar semelhanças entre as obras no que diz respeito à predominância da temática amorosa em relação à temática da violência.