Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Póvoa, Victor Negrão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214654
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Resumo: |
O uso racional de antimicrobianos envolve vários fatores para o seu sucesso e para que produza os resultados esperados, diminuindo riscos de resistência. A resistência antimicrobiana é preocupação mundial, trazendo prejuízos econômicos e malefícios à saúde. Este trabalho teve como objetivo avaliar a percepção e conduta de médicos veterinários cirurgiões no uso racional de antimicrobiano através de um estudo transversal de coleta de informações por formulário eletrônico (aplicativo Google Formulário) com perguntas que envolviam os conhecimentos básicos das classes bacterianas, conduta profilática e terapêutica nos casos abordados. Foram coletadas 400 respostas, quanto à aplicação de antimicrobiano, 69,5% (n=278), destacaram que deve ocorrer, entre 30 e 60 minutos antes da incisão cirúrgica. A prescrição de antimicrobiano no pós-cirúrgico, independentemente do tipo da cirurgia, aparece em 48,5% (n=194) enquanto, 51,5% (n=206) prescrevem apenas em cirurgias contaminadas e/ou sujas. Na cirurgia de ovariosalpingohisterectomia (OSH), 66,0% (n=264) prescrevem antimicrobiano pós-operatório, sendo a Amoxicilina com Clavulanato 25,7% (n=103), a mais prescrita. Em cirurgia com suspeita de peritonite advinda de ruptura intestinal, 67,0% (n=268), realizavam lavagem abdominal e coleta de material para cultura e antibiograma, 58,7% (n=235) já prescreviam o início de terapia profilática, antes do resultado da cultura e antibiograma. Foi correlacionado o grau de formação dos participantes, a partir dos dados estatísticos evidenciam achados relevantes e diferentes condutas. Especializados possuem tendência a prescrever antimicrobianos somente em cirurgias sujas ou contaminadas 55,0% (n=142), enquanto não especializados 45,8% (n=116). Especialistas realização com maior frequência os exames de cultura e antibiograma 63,2% (n=163) do que os não especialistas 41,5% (n=166). Em relação à administração de antibiótico no pré e trans cirúrgico, os não especializados apresentam tendência maior em não administrar 40,1% (n=57) do que especializados 16,7% (n=47). Sobre o momento de aplicação de um antimicrobiano profilático para evitar infecção de sítio cirúrgico 25,6% (n=66) dos especializados e 40,1% (n=57) dos não especializados indicam que deve ser feita em qualquer momento. Para uma OSH no pós cirúrgico 76,8% (n=109) dos não especializados e 59,7% (n=154) dos especializados prescrevem antimicrobianos. No caso de peritonite devido à ruptura de alça intestinal, 73,3% (n=189) dos especializados e 55,6% (n=79) dos não especializados coletam material para cultura e antibiograma. No estudo realizado não há consenso com relação ao uso da antibioticoterapia. A discussão, ensino, informação e exames para o diagnóstico da bactéria que está envolvida na infecção é importante. Medidas preventivas de infecção, como fiscalizar e sensibilizar sobre as questões sanitárias em clínicas e hospitais veterinários, da esterilização dos materiais cirúrgicos, da antissepsia do cirurgião e do paciente, pode diminuir o uso de antibióticos colaborando para retardar o surgimento de bactérias multirresistentes. |