As configurações intensivas do tempo e a concepção crítica de história e memória em Quarup, de Antonio Callado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Borges, Maryson José Siqueira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102405
Resumo: O objetivo central deste estudo é uma leitura da representação do tempo em Quarup, de Antonio Callado. Esta proposta considera que o romance está organizado sob a lógica do cruzamento de várias temporalidades simbólicas distintas e conflitantes e que esta tensão forma a base para veiculação de uma concepção crítica de história e memória. Acredita-se, neste sentido, que o entendimento da configuração intensiva do tempo em Quarup estabelece os subsídios e parâmetros para o desenvolvimento de uma reflexão sobre o potencial determinante da elaboração estética na busca por formas mais dialéticas e críticas de representação da história. A estrutura do trabalho está disposta em quatro partes principais. A primeira delas é uma introdução à relação entre a intensificação do tempo na narração e suas implicações em uma perspectiva de apreensão da história baseada na atividade anacrônica da memória. A parte seguinte consiste na revisão da fortuna crítica até o momento publicada a respeito de Quarup. Sua função é demarcar as principais linhas de interpretação do romance já produzidas e verificar o grau de originalidade do enfoque a ser desenvolvido. A terceira seção compreende uma reflexão sobre a relação entre tempo, história e memória no âmbito da criação estética. Esta argumentação constitui a base teórica que endossa a dimensão crítica latente na relação entre estes elementos no romance. Por fim, no quarto capítulo, a análise que encerra o estudo e dispõe-se a fazer a investigação sistematizada das formas de intensificação do tempo configuradas na estrutura narrativa do romance – ação ficcional, temáticas, personagens - e iluminar os respectivos paralelos com a concepção crítica de história e memória nela implicados.