Avaliação da passagem de acesso venoso central nos pacientes em sala de emergência de um Hospital Terciário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Correa, Alini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153079
Resumo: Introdução: Os serviços de urgência e emergência têm o objetivo de diminuir a morbimortalidade e as sequelas incapacitantes. A capacidade médica e da equipe de enfermagem para a passagem do cateter venoso central se explica pelo fato dos riscos existentes na realização desse procedimento. As complicações relacionadas a cateter venoso central incluem punção de artéria carótida, pneumotórax, hemotórax, tamponamento cardíaco, infecções, embolia e hidrotórax. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o procedimento de passagem de cateter venoso central realizado pela equipe médica em pacientes atendidos em sala de emergência. Metodologia: Trata-se de estudo clínico epidemiológico, transversal, descritivo e observacional com 104 pacientes que deram entrada na sala de emergência adulto do pronto-socorro referenciado de um hospital público do interior de São Paulo, caracterizado como hospital terciário, onde realiza atendimento ao paciente pelo Sistema Único de Saúde. A coleta de dados foi realizada no período de 01/08/2016 a 01/12/2016 pela pesquisadora e por cinco enfermeiros previamente treinados contemplando os turnos de trabalho diurno e noturno. Para as avaliações foi utilizado um instrumento de coleta de dados baseado nos padrões de conformidade do ministério da saúde para a passagem de cateter venoso central, dados do prontuário eletrônico do paciente e resultados de cultura de ponta de cateter e hemocultura central e periférica dos pacientes que foram submetidos ao procedimento de cateter venoso central. Resultados e Discussão: Foram analisados 104 pacientes com idade variando entre 26 a 87 anos, sendo 51,9% do sexo masculino. Destes pacientes, 53 (51%) eram do município de Botucatu e 72,1% da especialidade clínica, A indicação do uso de cateter venoso central se deu em sua maioria por droga vasoativa (58,7%) seguida de gravidade (43,3%). Houve associação significante entre idade e complicações durante a passagem de cateter venoso central (OR=0,94, p=0,033). A chance de complicação em função do número de procedimento foi menor em homens bem como a chance de óbito. A chance de infecção em função ao número de procedimentos foi menor nos homens. A chance de óbito foi significativa menor em função ao número de procedimentos em relação a especialidade cirúrgica quando comparada com a clínica A chance de pacientes com trauma evoluírem a óbito foi de 20 vezes maior e de pacientes graves 13 vezes maior. Em pacientes graves. Sabe-se que o uso do cateter venoso central não é isento de complicações. Tradicionalmente, os dispositivos são inseridos por meio de técnica de reparos anatômicos externos na qual a visualização e a palpação de reparos anatômicos servem de referência para se inferir o melhor local para punção. No entanto, essa técnica é sujeita a falhas, principalmente por conta de variações anatômicas na população e também por falta de protocolo pré-estabelecido. Conclusão: Perante todos os achados do estudo, foi desenvolvido, um protocolo de passagem de acesso venoso central que será apresentado a equipe de infecção hospitalar do Hospital das Clínicas e posteriormente implantado no pronto-socorro para que os profissionais médicos sigam um padrão de execução do procedimento de passagem de CVC.