Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Tresso, Karina Angélica |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-15122021-094630/
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Resumo: |
Introdução: A lock terapia, ou terapia de bloqueio, consiste na administração e manutenção de uma solução, em concentração supra terapêutica, nos cateteres venosos centrais. Estas soluções combinam antimicrobianos altamente concentrados com um anticoagulante, sendo aplicáveis tanto para a prevenção, quanto para o tratamento da infecção relacionada ao cateter. Objetivo: Sintetizar o conhecimento sobre o uso da lock terapia na prevenção e tratamento de infecção relacionada ao cateter intravascular de inserção central. Método: Revisão integrativa da literatura, sendo a busca realizada nas seguintes bases de dados CINAHL, Cochrane Central, Embase, LILACS, PubMed, Scopus e Web of Science, abrangendo o período de 1 janeiro de 2010 a 3 de março de 2020, sem restrições de idioma. As referências foram exportadas para o gerenciador EndNote e para o Rayyan, para a seleção dos estudos. As etapas de amostragem, categorização dos estudos, avaliação dos estudos incluídos, interpretação dos resultados e síntese do conhecimento foram realizadas por dois revisores de forma independente. Em seguida, foi realizada uma busca manual nas referências dos estudos incluídos. Os dados foram analisados de forma descritiva. Resultados: A amostra compilou 15 estudos. Seis estudos (40%) abordaram o uso da lock terapia como prevenção de infecção relacionada ao cateter venoso central, e nove artigos (60%) abordaram tal terapia como tratamento. Os artigos incluídos nessa revisão que abordaram a prevenção relatam o uso de soluções antimicrobianas não antibióticas (taurolidina (n=2), etanol (n=2), citrato trissódico (n=1) e nitroglicerina (n=1)). Dentre os nove estudos que abordaram a lock terapia como tratamento para a infecção, a maioria (n=7) utilizou soluções antibióticas, (dois estudos avaliaram a eficácia da daptomicina e os outros cinco utilizaram soluções antibióticas variadas). Os outros dois estudos utilizaram soluções antimicrobianas (ácido clorídrico e taurolidina) associadas com antibioticoterapia sistêmica. Dentre os 15 estudos, em apenas um não foi possível especificar a duração da intervenção. Dois avaliaram a eficácia da lock terapia em curta duração (de três a quatro dias) e seis avaliaram em maior duração (entre 10 e 14 dias). Cada estudo especificou uma técnica de intervenção e o tempo de permanência da solução intraluminal. Em relação ao risco de viés, foram avaliados cinco ensaios clínicos randomizados pela ferramenta da Cochrane Risk of Bias (RoB 2), sendo todos de baixo risco. Dois ensaios clínicos sem randomização avaliados pela ferramenta proposta pelo Joanna Briggs Institute (JBI) resultaram em risco de viés baixo. Dentre os oito estudos observacionais, a ferramenta AXIS avaliou sete como sendo de baixo risco e um como risco moderado. Conclusões: Na prevenção identificou-se o uso de antimicrobianos não antibióticos como o etanol. A taurolidina também foi utilizada em um estudo relacionado ao tratamento, em associação com antibioticoterapia sistêmica. Em três estudos sintetizados para as situações de tratamento da infecção relacionada ao cateter, o antibiótico utilizado foi a daptomicina endovenosa. Tais antibióticos sistêmicos, utilizados concomitantemente na maioria dos estudos de tratamento, foram selecionados em conformidade com o resultado da hemocultura e antibiograma. |