Recompor entre escombros: música transtextual e a identidade reificada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Xavier, Gabriel Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255750
Resumo: A música transtextual, caracterizada pelo entrecruzamento de textos musicais, encontra se em ampla conexão com os processos histórico sociais que determinam o surgimento do objeto musical enquanto objeto aparentemente independente de seu contexto produtivo. Esta conexão ocorre a partir do espelhamento, expresso em determinados processos composicionais, de uma razão reificada que naturaliza as relações econômicas em enunciados objetivos. O entrecruzamento de textos musicais, então, assume a feição de uma relação abstrata entre objetos e, simultaneamente, internaliza no material musical o princípio de equivalência que guia as relações produtivas e econômicas. Agindo no sentido contrário, diversas obras expressarão criticamente este estado de coisas e, a partir de posições diferentes, colocarão em questão o estatuto reificado do objeto musical. Neste sentido, a poética transtextual oferecerá uma – entre inúmeras – respostas para esta problemática, foco principal do trabalho. Para abordar este problema, investigaremos a transformação do trabalho do músico em relação ao objeto musical sob uma ótica marxista valendo nos, principalmente, dos trabalhos de György Lukács e Isaak Rubin. Em um segundo momento, colocaremos o problema da atual crise da crítica conforme analisado por Peter Sloterdijk na obra Crítica da Razão Cínica. Os resultados desta primeira abordagem auxiliarão no entendimento de como, a partir do dialogismo linguístico, as formas ideológicas verter se iam na prática transtextual. Por fim, analisaremos quatro obras do próprio autor que expressam distintos métodos e categorias transtextuais em correlação com a crítica da reificação.