Teor de proteína e sódio em alimentos extrusados sobre o "turnover" da água corporal de gatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Garcia, Caroline Alves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181935
Resumo: Devido às peculiaridades fisiológicas dos gatos no balanço hídrico, a ingestão de dietas secas pode resultar na produção de baixo volume e concentração de urina, pois os gatos não compensam totalmente a baixa ingestão de água através dos alimentos bebendo mais água. Essa condição tem sido apontada como possível fator de risco para o desenvolvimento das doenças do trato urinário inferior em gatos. Assim, estratégias para aumentar a produção de urina podem ser importantes para a prevenção da urolitíase. Os efeitos da ingestão de dietas extrusadas com quantidades crescentes de proteína bruta (PB) e sódio (Na) foram avaliados no fluxo de água em gatos, comparando-se o método tradicional de balanço hídrico e a técnica de diluição de deutério. O estudo seguiu um delineamento de blocos casualizados, com três blocos de oito gatos, dois gatos por tratamento em cada bloco, totalizando seis repetições por alimento. Dietas com diferentes quantidades de PB e Na foram avaliadas: 28% de PB e 0,58% de Na, 39% de PB e 0,64% de Na, 52% de PB e 0,76% de Na e 64% de PB e 0,87% de Na. Após a adaptação, os gatos foram alojados individualmente durante 8 dias para coleta total de fezes e urina para medir o balanço hídrico (WB), excreção de ureia, e características das fezes e urina. Foram computadas as ingestões e as excreções diárias de água. O óxido de deutério foi adicionalmente utilizado para avaliar o turnover de água, com os gatos alojados em um gatil coletivo. Os dados foram analisados pelo teste F e as médias comparadas por contrastes polinomiais (P<0,05). Os métodos foram comparados pela correlação de Pearson, análise de Bland e Altman e teste t de Student. O aumento da PB elevou linearmente a excreção renal de ureia (P<0,001) e, juntamente com o maior consumo de Na, elevou a carga renal soluto, resultando em um aumento linear na produção de urina (P<0,001), com maior ingestão compensatória de água (P=0,013). A densidade urinária, a água metabólica e as perdas de água fecais e insensíveis não diferiram (P>0,05). O pH da urina aumentou linearmente com o aumento de PB e Na (P=0,001). O fluxo de água aumentou linearmente com o método de deutério (P<0,001), sendo superior (20,85 ± 11,11 mL/cat/dia) ao verificado com o método BH. Maiores quantidades de PB e Na nas rações secas aumentaram a produção de urina e o consumo de água dos gatos, sendo uma possível opção a ser explorada para aumentar a micção. O método do isótopo estável é preferível para estudar o metabolismo da água, pois não altera a rotina de vida do animal.