Marcas de singularidade em textos escolares de alunos do 2º ano do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Grecco, Natalia Aparecida Gomes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86761
Resumo: Este trabalho pretende investigar de que forma as crianças expressam sua singularidade nos textos que produzem na escola. As produções escritas foram recolhidas em uma sala de aula do segundo ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal de Araraquara. Para a análise dos dados, partimos do referencial teórico que se baseia em Bakhtin e no Círculo (1992, 1997), em especial, em noções tais como a de sujeito – acreditando que o sujeito constitui-se na relação com a linguagem, sociedade e o outro –; dialogismo, entendido como as interações estabelecidas entre os discursos dos sujeitos; alteridade, que compreendemos como o outro, o discurso do outro e as vozes sociais com as quais o sujeito entra em contato em seu cotidiano; e gênero, entendido como uma certa estabilidade no encadeamento de enunciados advinda de práticas comunicativas realizadas por sujeitos que interagem em certas esferas de atividades. Em nosso caso, focalizaremos o gênero escolar que, como veremos, é uma variação do gênero de origem, uma vez que se descola do processo real de comunicação e passa para o contexto de ensino-aprendizagem. Para a identificação dos dados singulares dos textos das crianças, explicitamos o percurso histórico dos dados únicos, baseando-nos em Ginzburg (1999), e olhamos para os dados com foco no ato único e na alteridade, principalmente na utilização da contrapalavra (Geraldi 2010 e Bakhtin, 1992). Os resultados mostram que a singularidade do aprendiz pode ser visualizada no modo como ele realiza escolhas para o preenchimento de certas características do gênero, no nosso caso, a narrativa e na maneira como ele retoma discursos da alteridade axiologicamente