Rastros, registros e retratos: impactos da representação do gênero feminino no teatro de rua brasileiro contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Maria Gabriela dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194316
Resumo: O presente estudo tem como objetivo iluminar desafios, conquistas e potenciais gerados pela presença das mulheres no fazer teatral contemporâneo, a partir da perspectiva das mulheres fazedoras de teatro de rua no Brasil. Procura investigar as influências estéticas, poéticas e pedagógicas da permanência das mulheres nos grupos teatrais de rua, experimentando conceitos tais como “arte pública feminista”, “teatro de rua feminista” e "teatro épico feminista”. A partir da análise de obras teóricas sobre as relações das mulheres com o espaço público, observa como a expressão teatral das mulheres em espaços públicos evidencia, ao mesmo tempo, as fronteiras do território socialmente determinado às mulheres e os estranhamentos gerados por elas frente às definições padronizadas de gênero, sexo e raça. Se a presença das mulheres fazedoras de teatro em espaços público representa já uma afronta social, que impulsiona a reordenação e ressignificação desses espaços, buscamos responder se a permanência das fazedoras de teatro de rua em seus grupos provoca também uma reorganização do fazer teatral, propulsionando novas pedagogias. Assim, somam-se à teorização as conversas com Ana Carneiro (Grupo Tá na Rua - RJ), Fernanda Viana e Teuda Bara (Grupo Galpão- MG), Tânia Farias (Ói Nóis Aqui Traveiz - RS), Natali Santos (Grupo Pombas Urbanas/ Mãe da Rua - SP) e Vanéssia Gomes (Teatro de Caretas - CE). O acompanhamento do processo criativo da montagem do espetáculo A Farsa do açúcar queimado ou a mulher que virou pudim, do coletivo Na Cia da Cabra Orelana, ao lado da observação participativa dos encontros de mulheres da Rede Brasileira de Teatro de Rua, aprofunda os questionamentos sobre a história das mulheres no teatro de rua brasileiro, e amplia a visibilidade ao seu trabalho artístico.