Estratégias de enfrentamento de mães de crianças com doenças crônicas durante internação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Prata, Isabel De Martino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204604
Resumo: Situações estressoras são demandas, internas ou externas, percebidas pelo indivíduo como fonte de sobrecarrega a seus recursos sociais e pessoais. Entre as situações estressoras reconhecidamente impactantes na literatura, destacam-se o adoecimento e a hospitalização de um(a) filho(a) com doença crônica. Considerando que a mãe costuma ser a principal cuidadora, este estudo teve por objetivo verificar associações entre variáveis sociodemográficas, clínicas e psicossociais e estratégias de enfrentamento materna durante a hospitalização do(a) filho(a) com doença crônica. Trata-se de estudo observacional, analítico, de corte transversal e abordagem quantitativa. Participaram 37 mães de crianças com doenças crônicas, internadas na Enfermaria de Pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, maiores de 18 anos. As mães responderam a um roteiro de entrevista semiestruturada e ao Psychosocial Assessment Tool (PAT 2.0) e foram consultados os prontuários das crianças para complementar dados clínicos. Utilizou-se o referencial teórico da Teoria Motivacional do Coping (TMC) para a avaliação do enfrentamento materno. Os resultados indicaram que a maioria das mães apresentaram estratégias de enfrentamento consideradas adaptativas, tendo avaliado a situação de adoecimento e hospitalização da criança como um desafio às suas necessidades psicológicas básicas. As mães relataram utilizar especialmente estratégias de busca de suporte e autoconfiança, referentes à necessidade psicológica básica de relacionamento, e acomodação, referente à necessidade psicológica básica de autonomia. Essas mães, quando comparadas àquelas que relataram estratégias menos adaptativas, referiram mais a religião como fonte de apoio, bem como outras fontes de apoio social, além do núcleo familiar. As mães participantes do presente estudo apresentaram algum grau de risco psicossocial, embora não tenha sido identificada associação entre o risco psicossocial e o enfrentamento. Portanto, as mães participantes apresentavam recursos adaptativos diante da hospitalização da criança com doença crônica, sendo o apoio social uma importante variável nesse processo. Os resultados obtidos permitem maior compreensão do objeto de estudo, demonstrando a importância das variáveis contextuais, colaborando para o planejamento de ações com foco na atenção integral aos familiares e pacientes hospitalizados.