Atividade antifúngica e citotoxicidade do jato de plasma frio sob pressão atmosférica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Borges, Aline Chiodi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148694
Resumo: As doenças fúngicas representam grande desafio para a área médica e odontológica devido à crescente prevalência e aumento da resistência aos antifúngicos. O plasma frio sob pressão atmosférica (PFPA) é uma mistura gasosa contendo partículas carregadas, radicais livres e radiação. Sua potencial aplicação em doenças infecciosas foi relatada, contudo a literatura carece de estudo sistemático sobre o efeito antifúngico, mecanismos de ação e potencial citotóxico. Neste trabalho foi avaliado o efeito antifúngico do PFPA sobre Candida albicans através de ensaios em células planctônicas e biofilmes, efeitos sobre a integridade de parede celular e membrana plasmática, morfogênese, produção de exoenzimas, aderência às células epiteliais e efeito no tratamento in vivo de lesões de candidose oral induzida em modelo murino. Ainda, avaliou-se o efeito do PFPA sobre culturas de Trichophyton rubrum, além de efeitos sobre capacidade de adesão de conídios. Ainda, o potencial citotóxico foi investigado usando células epiteliais. PFPA em modo de tensão contínuo (MC) foi capaz de reduzir a aderência de C. albicans às células epiteliais, modular a transição levedura-hifa na cepa SC 5314 e comprometer a viabilidade de biofilmes. PFPA-MC se mostrou citotóxico em parâmetros efetivos frente a biofilmes de C. albicans. Porém, não foi observado efeito citotóxico quando o PFPA foi utilizado em modo de tensão pulsada (MP). A exposição ao PFPA-MP reduziu a invasão de C. albicans no epitélio in vivo. O PFPA-MP foi capaz de afetar o crescimento de T. rubrum a partir de 10 minutos e de afetar a sua capacidade de aderência. Assim, conclui-se que PFPA apresenta efeito antifúngico contra C. albicans e T. rubrum e é capaz de interferir em fatores de virulência de ambos os micro-organismos.