Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Brochine, Suzane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192807
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Resumo: |
As substâncias desreguladores endócrinas de diversas origens e propriedades químicas acomentem uma diversidade de mamíferos, animais silvestres e seres humanos, que podem interagir com o sistema reprodutivo feminino e prejudicar a homeostase hormonal. Dentro dessa classificação, os parabenos podem ser utilizados como conservantes em diversos produtos comerciais. Seus efeitos se tornam cada vez mais complexos em relação à idade, história reprodutiva, ambiente endócrino da espécime no momento da exposição, como também não é sabido todos os reais mecanismos desses compostos quando associados. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos dos parabenos em ratas Wistar durante um período de 90 dias consecutivos de exposição. Assim, as ratas foram distribuídas em quatro grupos experimentais: controle, que recebeu somente óleo de milho como veículo, e tratados com propil e buti-parabeno nas doses de 10 mg/kg, 100 mg/kg, ou 200 mg/kg e expostas via subcutânea. Foi utilizada a técnica de citologia vaginal para investigar a ciclicidade das fêmeas, bem como a caracterização das fases do ciclo estral pelo método Shorr. Além desses parâmetros, foram analisados aspectos morfológicos de ovários e útero, quantificação das estruturas ovarianas e avaliação ultraestutural de folículos pré-ovulatórios. Foram avaliados a concentração plasmática de estrógeno, peso corporal bem como o peso dos órgãos reprodutivos. Os resultados revelaram que o método Shorr, foi eficaz para identificar e caracterizar os tipos celulares encontrados no epitélio vaginal como a identificação de cada fase do ciclo estral. Além disso, o peso absoluto e relativo dos órgãos reprodutivos não apresentou diferença entre os grupos experimentais. A análise histológica dos ovários revelou que, todos os estágios foliculares permaneceram inalterados, como também a classificação morfológica dos Complexos Cumulus oophurus coletados. Porém, houve diminuição significativa de folículos totais primordiais e primários em fêmeas que receberam 10 e 200 mg/kg. Quanto aos folículos atrésicos houve maior incidência no grupo de 100mg/Kg. A avaliação ultraestrutural de folículos pré-ovulatórios confirmou a análise morfológica, pois permaneceram saudáveis, sem alterações a nível celular. A partir da avaliação histopatológica do útero, infiltrados leucocitários não apresentaram diferença nas proporções de células mononucleadas e polimorfonucleadas, como a intensidade. Os parâmetros histomorfométricos do tecido uterino não foram alterados como também a expressão de receptores estrogênicos (REα) no tecido uterino e ovariano. A intensidade de marcação dos receptores de progesterona no útero apresentaram diminuídas nas doses de 10 e 100 mg/Kg, e no tecido ovariano apenas a dose 100 mg/Kg. A partir dos parâmetros avaliados no presente estudo, sugere-se que após a exposição prolongada dos compostos de parabeno, a funcionalidade dos tecidos reprodutivos em fêmeas adultas pode ter sido prejudicada. Apesar da morfologia e estrutura dos órgãos sexuais permanecerem inalterados, mais estudos a nível celular e molecular precisam ser realizados para melhor entendimento da atuação conjunta dessas substâncias. |