Investigação citogenética na síndrome mielodisplásica infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silveira, Cássia Gisele Terrassani [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92467
Resumo: A Síndrome Mielodisplásica (SMD) consiste em um grupo heterogêneo de doenças hematológicas de origem monoclonal e potencialmente maligna. É caracterizada por uma hematopoese ineficaz das células-tronco pluripotentes e morfologia displásica nas três linhagens celulares não-linfóides, evoluindo freqüentemente para leucemia mielóide aguda. A SMD é rara em crianças e adolescentes e apresentam características clínicas e laboratoriais distintas. Este estudo teve como principal objetivo a pesquisa de anormalidades cromossômicas em 23 pacientes pediátricos (0 a 18 anos) com SMD utilizando as metodologias de citogenética clássica (banda GTG) e molecular (Hibridação in situ Fluorescente - FISH). A análise após bandamento GTG revelou a presença de alterações cromossômicas envolvendo, principalmente, deleções nos cromossomos 12 e 17 e monossomia 20. Pela FISH, uma média 150 núcleos interfásicos foi analisada com as sondas RP11-275J11 (3p25) (19 casos), RP11-46J20 (7q22.3) (17 casos), D17Z1 e RP11-89D11 (17p13.1 - TP53) (5 e 19 casos, respectivamente) e RP11-62N23 (17q21) (16 casos). As perdas homozigotas e heterozigotas significativas em 3p25.1 foram observadas em 17/19 casos (acima de 30% das células). Os genes MKRN2, TSEN2, e PPARG estão mapeados em 3p25.1 e são compatíveis de função. Quinze em dezessete casos apresentaram perdas homozigotas e heterozigotas no cromossomo 7. Em 7q22.3 estão mapeados os genes candidatos a perdas DUS4L, BCAP29, SLC26A3, SLC26A4, LAMB1 e HBP1. Em 18/19 casos foram confirmadas a perda significativa do gene supressor tumoral TP53. Apenas um caso de SMD relacionada à terapia não apresentou perda deste gene. Este gene codifica uma fosfoproteína nuclear responsável pela regulação da duplicação do DNA, proliferação celular e apoptose. Assim, mutações ou deleções neste gene podem promover sua inativação gerando instabilidade...