Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alvarez, Daniella Alejandra Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183273
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Resumo: |
Introdução: Nos últimos 20 anos, o conceito de near miss (risco de morte iminente) é abordado na saúde materna como adjuvante dos inquéritos confidenciais de morte materna. No sistema de saúde, o Hospital Terciário/Quaternário é centro de referência para pacientes em situações graves que as colocam em risco de morte. A Maternidade do HC-FMB-Unesp é um dos centros terciário/quaternário de referência para patologias obstétricas do DRS-VI do Estado de São Paulo. A análise da frequência de situações de risco que chegam à maternidadegestantes portadoras de hipertensão arterial, bem com a assistência que receberam até serem referenciadas e ao chegarem à maternidade, poderá identificar deficiências e propor o seu aprimoramento, reduzindo-se assim o risco do binômio mãe-feto. Objetivo: Determinar a frequência de casos de morbidade materna grave não near missque evoluíram para situação de near miss, associados à hipertensão arterial e propor protocolo clínico de assistência pré-natal, bem como aprimorar o protocolo de assistência praticada no centro terciário com finalidade de reduzir o risco do binômio mãe-feto. Sujeitos e métodos: Foram identificados todos os casos de gestantes ou puérperas com diagnóstico de morbidade materna grave e de near miss,relacionados à hipertensão arterial, que receberam assistência obstétrica durante os anos de 2015 e 2016.De forma descritiva os resultados foram apresentados em porcentagem sob a forma de tabelas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (Parecer no. 2.309.947). Resultados: No biênio 2015/2016 foram identificados 313 casos de hipertensão arterial, que corresponderam a 7,2% das internações. Dentre as gestantes hipertensas 39,9% foram classificadas como sem sinais de gravidade e 60,1% com sinais de gravidade. Da população de gestantes hipertensas com sinais de gravidade, 167 foram incluídas no presente estudo. As caraterísticas demográficas da população estudada identificam predomínio da faixa etária entre 20 e 35 anos (68,0%), da raça branca (75,4%), união estável (71,9%), que não exerce ocupação remunerada (58,7%) e procedentes das sub-áreas Polo Cuesta e Vale do Jurumirim (97,1%) da DRS-VI do Estado de São Pulo. Entre as características obstétricas verificamos distribuição semelhante entre nulíparas (47,9%) e multíparas (52,1%), predomínio de gestação a termo (73,1%), via de parto cesárea (78,5%), das formas de hipertensão decorrentes da gestação (54,6% de pré-clâmpsia, 29,9% de hipertensão gestacional e 13,1% de hipertensão arterial crônica sobreposta por pré-clâmpsia). Destacam-se como condições ameaçadoras de vida: crise hipertensiva (77,8%), iminência de eclâmpsia (24,6%), internação em unidade de cuidados intensivos (16,2%) e insuficiência hepática (10,3%). A frequência de evolução de morbidade materna grave não near miss para near miss foi de 0,5/1.000 partos, sem ocorrência de morte materna. Conclusões: Considerando a população estudada podemos concluir que, é expressiva a taxa (53,4%) de gestantes portadoras de hipertensão arterial com sinais de gravidade e que 0,5/1000 partos evoluíram para situação de near missmatermo. |