Filis y Demofonte : proposta de edição de um poema lírico/trágico inédito de António da Fonseca Soares (1631-1682)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Varolo, Flávia Renata da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/261673
Resumo: Esta tese de doutorado tem por finalidade a edição e análise do poema narrativo “Filis y Demofonte”, de Antônio da Fonseca Soares (1631-1682), que trata da tragédia amorosa entre dois personagens mitológicos, composto a partir da perspectiva do poeta português. Sobretudo, destaca-se, nessa alegoria a metamorfose da própria personagem Filis, que se transforma em uma amendoeira após seu suicídio decorrido pela longa espera do regresso de Demofonte. Desta maneira, o estudo deste poema (tradicionalmente conhecido na cultura manuscrita), visa a discutir a força retórica de influência da cultura e da mitologia greco-romana confrontada pela visão católica portuguesa no seiscentismo, contida de forma marcante no poema. Este confronto, em parte dialogando com marcas da poética do século XVII, será explorado a partir da arqueologia do próprio poema, que será transcrito e analisado como resultado da demonstração dos recursos de emulação e produção de efeitos eficazes e argutos da “poética”, da qual António da Fonseca Soares é aderente. Ademais, a tese destaca as influências da tradição clássica, especialmente das obras Eneida, de Virgílio e Metamorfoses, de Ovídio, que são marcantes no poema. O autor possui vasta produção a ele atribuída, ainda por ser pesquisada e difundida, tanto no Brasil, quanto em sua terra natal. Por outro lado, fato de ser um texto inédito do ponto de vista da tradição impressa nos obriga a trabalhar com uma versão manuscrita – Ms. 49-III-84, a qual, dentro de uma vasta tradição, foi eleita como uma das mais confiáveis, graças aos critérios de preparação que o seu compilador, António Correia Viana (1750-1785) utilizou para executá-la. A metologia utilizada neste estudo teve como base os fundamentos da crítica textual para a transcrição e edição do poema com suas possíveis variantes, recorrendo, aos trabalhos de Houaiss (1962), Cambraia (1995), Moraes (1999), Spaggiari & Perugi (2004), e Moreira (2011).