Avaliação dos efeitos do programa de exercício físico aeróbico de curta duração em pacientes hospitalizados por exacerbação aguda da dpoc nos diferentes desfechos clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Knaut, Caroline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181469
Resumo: Introdução: A exacerbação aguda é uma importante causa de perda de função em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Afeta negativamente a qualidade de vida, a função pulmonar, a fraqueza muscular, o uso de recursos de saúde e a sobrevivência. Acredita-se que o exercício físico realizado durante a exacerbação pode melhorar a qualidade de vida e a capacidade física do paciente sem aumento do processo inflamatório. Objetivo: Avaliar a influência do exercício físico aeróbico de curta duração durante a internação em marcadores inflamatórios, qualidade de vida e capacidade física, além de re-hospitalização e taxas de mortalidade seis meses após a alta hospitalar em pacientes com DPOC exacerbada. Pacientes e Métodos: 26 pacientes foram avaliados 24 horas após a hospitalização por características demográficas, história de tabagismo, índice de Charlson, qualidade de vida, marcadores inflamatórios sistêmicos e composição corporal. Após 48 horas de internação, todos os pacientes realizaram o teste de caminhada de 6 minutos e um novo teste de espirometria, sendo calculado o índice BODE. Após 72 horas de internação, os pacientes do grupo de intervenção foram submetidos a exercícios aeróbicos em esteira por 15 minutos, duas vezes ao dia. Por fim, um mês após a alta hospitalar, todos os pacientes foram reavaliados segundo a qualidade de vida, marcadores inflamatórios sistêmicos, composição corporal, espirometria, teste de caminhada de 6 minutos e índice BODE. Resultados: Os pacientes do grupo intervenção e controle não diferiram quanto à gravidade da doença e características gerais. O grupo de intervenção não apresentou piora no processo inflamatório após atividade aeróbica: TNF-α de 1,19 (0,99-1,71) para 1,21 (0,77-1,53) p = 0,58, IL-6 de 2,41 (2,02- 0,58) para 2,66 (1,69-0,48) p=0,21 e PCR de 3,88 (2,26-8,04) para 4,07 (2,65-13,30) p = 0,56. Ambos os grupos não apresentaram melhora quanto a capacidade física após um mês de alta hospitalar (p=0,26) Após um mês de alta hospitalar, o grupo intervenção apresentou melhora do domínio sintomas avaliado pelo SGRQ em relação ao grupo controle (p = 0,04). Conclusão: O presente estudo mostrou que a atividade física aeróbica iniciada durante a internação em pacientes com exacerbação aguda da DPOC pode melhorar significativamente os sintomas respiratórios, sem agravar os marcadores inflamatórios sistêmicos.