Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Jhennyfer Marques Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/251369
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Resumo: |
O advento da informática provocou modificações sociais, viabilizando o avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que apresentam potencial para ampliar os horizontes de conhecimento das crianças e possibilitam que a escola atue como uma instituição que permita, de fato, a mobilidade social. No entanto, há fatores que ainda impedem o uso das tecnologias em sala de aula, como a ausência de oportunidades de formação continuada para docentes do ensino fundamental. Nesse sentido, a presente dissertação investigou em que medida o capital cultural dos professores facilita o uso das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental. Para tanto, na metodologia foram utilizados os pressupostos praxiológicos, valendo-se de uma entrevista para um estudo de caso, na qual foi feita uma análise da prática docente em relação aos cursos de aperfeiçoamento baseada nos estudos de Pierre Bourdieu. A partir da análise das entrevistas, foi possível concluir que a fração de classe à qual a família pertence é determinante para sua formação de capital cultural, uma vez que, todos os professores entrevistados apresentaram uma regularidade no aspecto social, sendo herdeiros de baixo capital econômico, destacando, assim, a relação entre esses capitais. Em outras palavras, fica evidente que o capital econômico influenciou na necessidade de formação continuada sobre tecnologia, demonstrando, principalmente, que há outros interesses mais benéficos do que investimentos em cursos tecnológicos, que renderiam pouco retorno a curto e longo prazo. Ao invés disso, a maioria dos entrevistados preferiu investir tempo e dinheiro na educação de seus filhos. Portanto, depreende-se que apesar dos professores entenderem o potencial educacional da tecnologia, eles não dominam o uso dela e também não enxergam o investimento em cursos como uma opção viável, já que não dominam os códigos necessários para apreciar e valorizar o conhecimento, tanto individual, como coletivo. Vale destacar que para o desenvolvimento desta dissertação foi realizada uma busca em sites de bases de dados, mas não foram encontradas pesquisas com o foco desejado, o que demonstra ineditismo e ressalta a importância do tema. Desse modo, espera-se que esta pesquisa possa suscitar políticas públicas favoráveis para a capacitação docente e para infraestrutura tecnológica de qualidade, fazendo com que os professores tenham acesso a cursos de formação continuada e aprendam a utilizar e valorizar a tecnologia, sem ter que investir seus próprios recursos financeiros, assim, potencializando o ensino e melhorando os níveis de educação. |