Avaliação da atividade antiviral de compostos naturais e sintéticos no ciclo replicativo do HCV in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Carina Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HCV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153277
Resumo: A hepatite C é uma doença causada pelo vírus da Hepatite C (HCV) que acomete aproximadamente 115 milhões de pessoas. O tratamento atual para os pacientes infectados consiste na combinação de antivirais de ação direta (DAAs), que apesar de apresentar resposta virológica sustentada satisfatória já apresentam variantes resistentes descritas. Estes medicamentos também representam significativos gastos para o sistema público de saúde, além de causarem efeitos colaterais. Desta forma, o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos se faz necessário. Compostos naturais e seus derivados sintéticos têm sido descritos pela atividade antiviral contra diversos vírus, como os vírus da Dengue (DENV), Febre amarela (YFV), Herpes (HSV), Imunodeficiência Humana (HIV) e HCV. Nesse estudo, a atividade antiviral de 10 compostos isolados de venenos de serpentes do gênero Bothrops (TOXs) e de 16 acridonas sintéticas (Facs) foi avaliada, utilizando linhagem celular Huh-7.5 e partículas virais JFH-1 HCVcc genótipo 2a. Oito TOXs e dois Facs inibiram significativamente a infecção pelo HCV. Os compostos com maior inibição, TOX1 (SI = 1736), TOX3 (SI = 13,5), Fac15 (SI = 1,72) e Fac17 (SI = 1,65), demonstraram reduzir a infecção em 96%, 84,7%, 58% e 48%, respectivamente, agindo diretamente nas partículas virais. TOX1 e Fac15 também reduziram a infectividade viral em 87% e 39% nas células hospedeiras por ação protetora, após o pré-tratamento das células. Com este trabalho, concluímos que tanto os compostos isolados de venenos de serpentes do gênero Bothrops quanto as acridonas sintéticas podem ser eficientes na inibição do HCV.