Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Medina, Camila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235302
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Resumo: |
Materiais educacionais são importantes ferramentas de comunicação entre profissional de saúde e paciente e/ou seu familiar, pois podem ser usados para educar e comunicar, de maneira simples e direta, sobre uma condição em saúde, tratamento ou maneira de utilizar alguma tecnologia assistiva. São considerados inovações sociais que buscam oferecer novas soluções, estratégias e conceitos que atendam às necessidades e interesses sociais, voltados à promoção à saúde, intervenção e autocuidado. Nesse sentido, é necessário considerar sobretudo os conceitos de Design de Informação e Design Gráfico Inclusivo em sua concepção. Essa pesquisa visa ampliar o estudo sobre este tipo de artefato, aqui chamado de Material Gráfico Inclusivo em Saúde (MGIS), com o objetivo traçar parâmetros, conceitos e metodologias de concepção. Para tal, o trabalho foi organizado em oito estudos que se referem a contextualização, avaliação e elaboração desses produtos, com ênfase em manuais de instrução de aparelhos de amplificação sonora individuais (AASI). Em primeiro lugar, foram coletados e analisados dados sobre os manuais de instrução de AASI disponibilizados pelos fabricantes desses dispositivos quanto à avaliação de 17 capas com análise descritiva e avaliação do índice de facilidade de leitura Flesch (IFLF) e sua relação com uso de imagens de 2 itens de 5 manuais por meio da ferramenta Coh-Metrix-Port 3.0, que calcula índices que avaliam coesão, coerência e dificuldade de compreensão em um texto por meio da. Sendo esta tese uma continuidade de pesquisa anterior, o estudo seguinte traz avaliação heurística, feita por 5 peritos designers, de material de instrução de AASI criado pela autora aplicando-se princípios de design para materiais em saúde. Por fim, dois estudos teóricos procuram aprofundar questões sobre os conteúdos textual e gráfico dos MGIS. Quanto ao conteúdo textual, o foco foi os aspectos referentes à tipografia inclusiva e linguagem simples. Em complemento, um levantamento bibliográfico acerca das recomendações quanto ao uso de imagens para instrução de materiais inclusivos no contexto da saúde é apresentado. Os resultados indicam que nos manuais de AASI disponibilizados pelos fabricantes, são sugeridas alterações como: aumentar o tamanho final dos materiais, incluir espaços e/ou elementos para a personalização e apresentar um manual para cada modelo fabricado. Em relação ao IFLF e o uso das imagens, os resultados demonstram que esses manuais possuem difícil nível de leitura, aliados ao emprego de poucas imagens e pictogramas. No que se refere à avaliação heurística, ficou evidenciada a importância da investigação de aspectos inerentes ao design gráfico junto a profissionais com experiência prática e acadêmica para detectar possíveis falhas em projetos dessa natureza. Sobre aos aspectos teóricos, o estudo acerca do conteúdo textual em manuais aponta que é preciso priorizar o uso da linguagem simples e tipografia inclusiva para tornar materiais gráficos na área da saúde mais acessíveis. Quanto ao conteúdo imagético para instrução é recomendado utilizar imagens que ilustrem informações relevantes e que representem e complementem informações de texto em caso de conteúdo complexo; usar imagens com linhas simples que denotem a abstração de detalhes e abrangência de significado; padronizar estilo e seguir elementos de representação quando usadas sequências pictóricas para instrução. Dessa forma, a interface entre o Design e a área da saúde (especialmente a Fonoaudiologia) busca soluções para a concepção de materiais gráficos inclusivos de promoção à saúde e que contribuam para a inclusão social e participação igualitária na sociedade do indivíduo com menor letramento funcional em saúde, idosos e/ou com alguma deficiência. |