Concepção de jogo e linguagem no ensino de química: uma aproximação entre jogos de linguagem e a teoria da ação mediada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Melo, Juliane Santana Rocha de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/155951
Resumo: Com base nos pressupostos da Teoria da Ação Mediada de James Wertsch (1998) e da noção de Jogos de Linguagem de Wittgenstein (2008b), procuramos neste trabalho compreender a aprendizagem, tendo como foco a elaboração de significados em um ambiente potencialmente comunicativo, a sala de aula. Para tanto, propomos uma atividade de ensino, isto é, um jogo de cartas, com o qual os estudantes pudessem engajar-se discursivamente e, assim, evidenciar alguns jogos de linguagem, aos quais foram classificados mediante criação de categorias de análise. Tais categorias estavam relacionadas qualitativamente a um domínio maior ou menor da ferramenta cultural de ácido e base de Arrhenius, e em razão da própria natureza de nosso referencial teórico, apresentaram entre si muitas similaridades, o que acabou por resultar em uma possibilidade de categorização de turnos de fala em mais de uma categoria do jogo de linguagem. Em alguns momentos, pudemos perceber que o aluno soube se inserir no jogo de linguagem que orientava a questão, demonstrando, assim, determinado nível de habilidade da ferramenta cultural. Contudo, em outros turnos de fala, o que pode ser notado é que os estudantes procuram engajar-se discursivamente no jogo mediante suas regras constitutivas, mas por não manifestarem um nível de domínio da ferramenta cultural adequado, apresentam jogos de linguagem de menor complexidade. Antes dessa análise, porém, buscamos trazer uma revisão a respeito do jogo no âmbito do Ensino de Ciências e como variados autores buscam aproximar jogo e aprendizagem de alguma forma. Contudo, fundamentados em Wittgenstein, entendemos neste trabalho jogo e aprendizagem como sendo equivalentes, pois quando o agente consegue falar de maneira significativa, ou seja, dar os lances corretos no jogo de linguagem, podemos afirmar que houve aprendizagem, em outras palavras, domínio da ferramenta cultural. Assim, esse entendimento permite uma maior amplitude de compreensão dos processos que ocorrem em sala de aula, quando comparado a outras concepções que buscam aproximar esses dois universos de alguma maneira.