Do PT ao governo FHC: a trajetória político-intelectual de Francisco Weffort

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Marlon Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194414
Resumo: Esta pesquisa se propõe analisar a trajetória político-intelectual deFrancisco Weffort. Deste objeto de estudo emergiram duas questões que nortearama reflexão em torno do tema intelectual e vida política: I) seu projeto democrático para o Brasil; II) a mudança política operada por Weffort, saindo do Partido dos Trabalhadores (PT) para se tornar Ministro de Estado nas gestões do governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002). Anteriormente, Weffort, havia colaborado para estruturar o PT, sendo, além de secretário geral do partido, membro do comitê de campanha presidencial deLula em 89, porém, desliga-se do partido no início dos anos 90 para se dedicar aos estudos de novos regimes políticos (ênfase no Brasil) após a derrubada das ditaduras e restauração das democracias. Assumir o cargo de Ministro de Cultura torna aparente uma possível contradição a se pensar no seu passado de militância política junto ao PT, ideia que a pesquisa busca afastar realizando uma investigação sobre a trajetória intelectual de Francisco Weffort, e, ao mesmo tempo, apontando indícios de uma agenda dedebate que se conecta ao pensamento de Cardoso, principalmente por conceber um processo de democratização que posicionasse o Brasil no caminho da modernização –introduzindo reformas no Estado –que redirecionasse ao crescimento econômico, corrigindo desiquilíbrios, gerando distribuição de renda. Para entender suas escolhas, particularmente a opção pelo Partido dos Trabalhadores, se faz necessário retomar seus estudos sobre o populismo para descrever sua preocupação teórica e prática com o movimento operário e sindical no Brasil, e dela extrair o entendimento para se pensar o seu envolvimento com o PT, através de uma expressão popular que surgia, pela primeira vez, de “baixo para cima”.