A cidade é uma escola: andarilhos em práticas urbanas coletivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Marose Leila e [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182048
Resumo: A presente tese apresenta relatos e análises de práticas artísticas, políticas e pedagógicas realizadas na cidade de São Paulo com o fim de refletir sobre as potencialidades de uma aprendizagem que se produz no decurso de ações coletivas e colaborativas no espaço urbano. Entre elas, encontram-se a do Coletivo Bloco Fluvial do Peixe Seco, que propõe intervenções carnavalizando, entre outras coisas, os rios da cidade, e também o movimento de ocupação de escolas públicas empreendido pelos secundaristas do país em 2015 e 2016 – para citar apenas as ações mais conhecidas dentre as diversas sobre as quais a tese se debruça, propondo-se a investigar as possibilidades pedagógicas que essas intervenções podem oferecer a estudantes, pesquisadores, artistas e pessoas em geral, objetivando uma reflexão sobre aspectos da história do espaço urbano e das estruturas de poder nele presentes. Com exceção do movimento secundarista, todos os relatos que a autora apresenta são de práticas e experiências artístico-pedagógicas em que esteve diretamente envolvida, seja como participante ou como proponente das ações, por exemplo em sua atuação docente nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental Dilermando Dias dos Santos e Tenente José Maria Pinto Duarte. Em todos os relatos, busca revisar o lugar da arte no espaço público – servindo-se de conceitos como “arte contextual”, de Paul Ardenne – e também a noção de aprendizagem e a função da escola. Para tal articula uma reflexão, a partir do pensamento de Foucault, acerca de como essas ações podem influenciar condutas éticas e sociais, configurando-se em uma estética para a própria existência. Por fim, esta tese busca refletir sobre as possibilidades da cidade vir a ser uma escola quando andarilhos, coletivamente, se propõem a ocupar e intervir com micro-ações no espaço urbano.