Agrovoltaica Animal como alternativa para melhorar a sustentabilidade aprodução de ovinos em ambiente tropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fidelis, Sergio da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/252857
Resumo: Agrovoltaica animal integra produção de proteína animal, melhor conforto térmico e sustentabilidade em uma mesma área, tecnologia que pode fomentar a intensificação sustentável da ovinocultura em áreas tropicais. Este estudo teve como objetivo investigar o impacto da Agrovoltaica Animal na termorregulação e desempenho produtivo de ovinos confinados. Cinquenta e dois cordeiros mestiços (F1, Santa Inês × Dorper) não castrados e com 35 kg (DP = 0,2) de peso corporal inicial, foram distribuídos aleatoriamente em dois sistemas de confinamento, 1) Agrovoltaica Animal e 2) confinamento convencional, no período de maio a junho de 2022. O sistema Agrovoltaica animal tinha sombra fornecida aos animais por vinte módulos de painéis solares (área de sombra de 1,53 m2 animal-1). No sistema de confinamento convencional não havia disponibilidade de sombra. As temperaturas corporais (pele, subcutânea e intraperitoneal), frequência respiratória, comportamento de uso de sombra e alimentar dos cordeiros foram avaliados ao longo dos dias de confinamento nos dois sistemas. O consumo de matéria seca (CMS, kg animal-1 dia-1), a taxa de ganho de peso (kg animal-1 dia-1), conversão e eficiência alimentar dos cordeiros foram monitorados individualmente por meio de alimentadores eletrônicos do tipo RFID. As condições meteorológicas experimentadas pelos cordeiros foram resumidas em uma única variável, o Índice de Conforto Térmico para ovinos (In_Comfort Index, InCI). De acordo com as classes do InCI, os cordeiros foram expostos a 41 dias quentes durante o período de confinamento. Nestes dias, das 10:00 às 14:00h, 80% dos cordeiros do sistema Agrovoltaico estavam na projeção de sombra dos painéis (P = 0,0001). Consequentemente, cordeiros mantidos no sistema Agrovoltaico tiveram a temperatura subcutânea reduzida em 0,70 ºC (P = 0,0001), frequência respiratória em 40 respirações min-1 (P = 0,0001), assim como também, despenderam maior proporção de tempo (P = 0,0001) deitados e ruminando, quando comparado com cordeiros confinados no sistema convencional. Embora o ganho de peso médio diário tenha sido semelhante entre os sistemas (P = 0,0605), cordeiros no piquete com Agrovoltaica animal consumiram menos ração (P = 0,0001), resultando em incremento médio de 5% (P = 0,0002) para eficiência alimentar. Estima-se que compense até 65% das emissões de metano entérico liberadas no meio ambiente. Com base nos resultados deste estudo, pode-se concluir que a Agrovoltaica Animal melhora o conforto térmico, o desempenho produtivo e a sustentabilidade de ovinos confinados em áreas tropicais.