Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Picinato, Pricila Balan [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154187
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo propor uma análise e descrição da fala da população da cidade de Sales Oliveira - SP, com intuito de investigar quais variantes são consideradas como estigmatizadas e quais possuem prestígio nessa comunidade linguística. A identificação dessas variantes e o valor a elas associadas nos permitirá compreender se as possíveis mudanças históricas e sociais pelas quais a cidade está passando têm influência na escolha das variantes linguísticas empregadas pelos salenses. Além disso, este estudo também objetiva compreender como a identidade do salense está atrelada às questões linguísticas. Com a finalidade de identificar algumas variantes utilizadas nessa comunidade, foi realizada uma pesquisa de campo com 30 falantes, sendo 15 homens e 15 mulheres, entre as faixas etárias de 10 a 15 anos, de 30 a 45 anos e de 70 a 80 anos, de escolaridades distintas. Dentre as variáveis dependentes analisadas estão: I) a ausência ou presença do “r” como retroflexo, II) ausência ou presença de neutralização do “r”e “l” em coda silábica e/ou encontros consonantais (ex: “mel- mer”); III) vocalização ou não da consoante lateral palatal /ʎ/ (ex: “mulher- muié”); IV) apagamento ou pronúncia das fricativas alveolares /s/ e /z/ em final de palavras que não possuem traços de pluralidade (ex: “pires- pire”); V) ocorrência de prótese e aférese (ex: alembrá e “bserva”); VI) ocorrência de apócope (ex: “legítimo- legiti”). Dentre as variáveis analisadas, percebemos que o “r” como retroflexo é a variante mais empregada pelos salenses e que alguns processos fonéticos/ fonológicos, como rotacismo, vocalização e prótese são mais comuns na fala de pessoas mais idosas, que já moraram na zona rural. Estes são alguns indícios de que as mudanças linguísticas estão atreladas às mudanças sociais. Esse estudo possui como embasamento teórico-metodológico a Sociolinguística variacionista (Weinreich, Labov, Herzog 1968; Labov 1972, 1994, 2001). A relevância de estudos sociolinguísticos como este reside no fato de compreender que as transformações linguísticas pelas quais o falar “caipira” vem sendo submetido podem estar relacionadas às mudanças sociais, ocorridas na vida dos falantes desse falar. |