Modelo cognitivo, comportamental e emocional da dor: avaliação em adultos com diferentes condições dolorosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bonafé, Fernanda Salloume Sampaio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152059
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar um modelo teórico cognitivo, comportamental e emocional relacionado à percepção da intensidade da dor e sua interferência no cotidiano e à qualidade de vida de indivíduos adultos com diferentes condições dolorosas. Para tanto, avaliaram-se as propriedades psicométricas dos instrumentos de medida utilizados. Trata-se de estudo transversal. Participaram 1.103 indivíduos que buscaram atendimento à Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP nos anos de 2015 e 2016. Foram incluídos indivíduos adultos e os mesmos foram classificados segundo o relato de ausência de dor nas últimas 24 horas (G0), dor nas últimas 24 horas presente há menos de 3 meses (G1), dor recorrente presente há mais de 3 meses (G2) e dor contínua há mais de 3 meses (G3). Foram levantadas informações demográficas. As informações foram coletadas por meio de entrevista pessoal. A percepção da intensidade da dor e sua interferência no cotidiano foram avaliadas utilizando o Inventário Breve de Dor (BPI Forma Curta) adaptado, com período de referência “última experiência dolorosa”. A percepção da qualidade de vida foi obtida a partir do Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQoL-Bref). Para mensuração das variáveis cognitivas, foram utilizados os instrumentos Questionário de Vigilância e Consciência relacionado à Dor (PVAQ) e a Escala de Catastrofização da Dor (PCS). Para as variáveis comportamentais, utilizou-se o Questionário de Autoeficácia relacionado à Dor (PSEQ) e a Escala Multidimensional de Locus de Controle da Saúde – Forma C (MHLC Forma C). Para as variáveis emocionais, foram utilizadas a Escala de Alexitimia de Toronto – 20 itens (TAS-20) e a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse – 21 itens (DASS-21). As validades de face, de conteúdo e de construto (fatorial, convergente e discriminante) dos instrumentos foram avaliadas. Realizou-se análise fatorial confirmatória (AFC) com os índices x2/gl, CFI e RMSEA. A confiabilidade também foi avaliada (alpha, confiabilidade composta). Para verificar a invariância da medida, foi realizada análise multigrupos. Foi proposto cômputo do escore global utilizando-se a matriz dos pesos de regressão da AFC. Construiu-se modelo estrutural para cada grupo segundo a condição dolorosa e utilizou-se o método de análise de trajetórias. Adotou-se nível de significância de 5%. Dos participantes, a maioria eram mulheres, com média de idade de 38,2±10,6 anos, casados/união estável, de nível econômico C. Os instrumentos foram válidos e confiáveis para a amostra após refinamento dos modelos. O modelo cognitivo, comportamental e emocional da dor ajustou-se para todos os grupos (G0, G1, G2 e G3) e explicou de 23 a 36% da variabilidade da percepção da intensidade da dor, 63 a 73% da variabilidade da percepção da interferência da dor no cotidiano e 33 a 62% da variabilidade da qualidade de vida dos indivíduos. Houve grande contribuição das variáveis cognitivas na percepção da intensidade da dor e das variáveis comportamentais e emocionais na percepção da interferência da dor no cotidiano e na qualidade de vida.