Síntese e caracterização de compostos guanidínicos e estudo da atividade leishmanicida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santo, Rafael Dias do Espírito [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150600
Resumo: Leishmanioses são doenças causadas por protozoários parasitas, causadas por mais de 20 espécies do gênero Leishmania, sendo estimados 1,3 milhões de novos casos anualmente, que resultam em 20 – 30 mil mortes. Os fármacos usados para o tratamento de leishmanioses são antigos, estão relacionados a graves efeitos tóxicos, e o aparecimento de cepas de parasitas resistentes a esses fármacos tem tornado urgente a necessidade de se encontrar medicamentos novos, seguros e eficazes contra leishmanioses. Compostos do tipo guanidinas são estudados para o tratamento de doenças tropicais negligenciadas, sendo que alguns estudos testaram a efetividade de compostos guanidínicos contra leishmaniose. O principal objetivo do presente trabalho foi sintetizar, caracterizar e avaliar a atividade leishmanicidade de compostos que possuem o núcleo guanidínico. A síntese dos compostos derivados guanidínicos foi descrito e os compostos foram caracterizados por Espectrometria de Massas usando Ionização por Eletrospray e por Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e de 13C. Quatorze compostos foram avaliados quanto à atividade leishmanicida frente às cepas promastigotas de L. amazonensis e também frente a macrófagos peritoneais de camundongo infestados com leishmania amastigotas. Os valores de IS de duas moléculas contra as formas amastigotas (SI=130,25 para o composto LQOF-G7 e 36,37 para o composto LQOF-G1), sugeriram que estes podem ser candidatos promissores para estudos in vivo. As análises preliminares dos resultados de avaliação biológica mostraram que os compostos que possuem grupos eletroretiradores ligados ao átomo C4 do anel da porção anilina, foram mais ativos e seletivos contra leishmania promastigota. O teste do micronúcleo para a mutagenicidade foi realizado para cinco compostos, incluindo três dos mais ativos contra Leishmania (LQOF-G1, LQOF-G2 e LQOF-G7). Para todos os compostos avaliados não foram observados diferenças significativas entre a frequência de células micronucleadas quando comparados com o controle negativo, sugerindo que os compostos não são mutagênicos quando avaliados pelo teste de micronúcleo, mesmo nas concentrações mais altas.