Efeitos celulares da hipusinação e do inibidor de hipusinação GC7 na autofagia utilizando como modelo Saccharomyces cerevisiae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paiva, Ana Carolina Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
GC7
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193340
Resumo: O fator de tradução de eucariotos 5A (eIF5A) é uma proteína altamente conservada em eucariotos e arqueas, essencial para viabilidade celular, e está envolvido no controle da proliferação celular, e em processos tumorogênico e inflamatório. eIF5A possui um aminoácido exclusivo, chamado hipusina, formado por uma modificação pós-traducional. A biossíntese da hipusina é espermidina-dependente e envolve duas etapas enzimáticas. A primeira etapa, a enzima desoxi-hipusina sintase participa desse processo adicionando um grupo 4-aminobutil, oriundo da espermidina, para um resíduo altamente conservado de lisina presente em eIF5A. Em seguida ocorre uma hidroxilação pela enzima desoxi-hipusina hidroxilase, levando a maturação de eIF5A. A atividade de eIF5A é inibida pela molécula N1- Guanyl-1,7-diaminoheptane (GC7), um análogo estrutural da espermidina que compete pela ligação ao sítio ativo da enzima desoxi-hipusina sintase. eIF5A e GC7 foram relacionados ao processo de autofagia, que é um processo catabólico de degradação lisossomal/vacuolar essencial para reciclagem de componentes citoplasmáticos e organelas danificados ou desnecessários. Na literatura, há controvérsia a respeito do efeito de eIF5A e GC7 quanto à regulação da autofagia. No presente estudo, foi investigada a relação de eIF5A e GC7 na autofagia utilizando como modelo a levedura Saccharomyces cerevisiae. Analisamos os efeitos celulares de dois mutantes relacionados a via de hipusinação - dys1-1 (mutação na desoxi-hipusina sintase) e hyp2-3 (mutação em eIF5A) - e do tratamento celular com GC7 na autofagia, por meio de dados de rastreamento em larga escala e analises de western blot. Devido a importância de eIF5A na célula, uma disfunção nesta proteína leva a um efeito global e prejudicial à célula, porém, algumas vias serão mais afetadas e outras menos afetadas. No caso, a via de autofagia é afetada diante uma mutação em eIF5A. No entanto, este efeito pode ser brando e reversível, uma vez que ao analisarmos outro mutante da via dys1-1 e o tratamento com GC7 indicam que há uma indução de autofagia, o que provavelmente ocorre por um efeito independente da inibição de hipusinação, que é o acúmulo de poliaminas.