Avaliação de atividades tóxicas, quimioprotetora e quimiopreventiva do extrato nebulizado de cascas de Ximenia americana L. sobre o organismo teste Mus musculus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dalavilla, Jaqueline Aparecida de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/158348
Resumo: Ximenia americana L., conhecida no popularmente no Brasil como ameixa-do-mato, ameixa-brava ou ameixa-do-sertão. É pertencente a família Olacaceae. Considerando seu uso bem propagado na medicina popular, seus efeitos descritos na literatura e os componentes presentes neste extrato, o presente trabalho avaliou os efeitos do extrato nebulizado das cascas do caule de X. americana L. na toxicidade aguda, subaguda e crônica, bem como seus efeitos ainda não reportados na literatura como potencial citotóxico, mutagênico em células da medula óssea através do ensaio de micronúcleo, sua resposta imunológica em leucócitos circulantes através do ensaio de contagem diferencial de leucócitos e o efeito carcinogênico e/ou anticarcinogênico em câncer colorretal induzido pela 1,2-dimetilhidrazina (DMH) em organismos teste camundongos Mus musculus. Na avaliação da toxicidade aguda de acordo com as orientações do guia OECD 423/2001, nenhuma toxicidade grave ou mortalidade foram observadas nas concentrações de 50, 150, 250, 500 e 2000 mg/kg, classificando o extrato com baixa toxicidade, foi observado uma diminuição significativa na massa relativa dos órgãos como: coração, fígado, pulmão, rins, testículos e tireóide. Estes resultados podem estar relacionados aos constituintes fitoquímicos tais como com potencial pró-oxidantes presentes no extrato como flavonoides, saponinas, antraquinonas, alcaloides, e terpenoides que em altas concentrações podem levar á danos oxidativos. À partir desse estudo foram selecionadas três concentrações para o teste de toxicidade subaguda (150, 250 e 350 mg/kg/dia), de acordo com orientações OECD 407/2008 não foram observados sinais de toxicidade aos animais, tampouco efeito citotóxico ou mutagênico pelo ensaio de micronúcleo em medula óssea de camundongos Mus musculus seguindo o guia OECD 474/2016. A toxicidade crônica do extrato nebulizado de X. americana L. foi avaliada com base no protocolo do guia OECD 452/2009, nas concentrações de 50, 150, 250 e 350 mg/kg, não foi observado sinais de toxicidade ou possível potencial citotóxico e mutagênico de acordo com o guia OECD 474/2016. Na avaliação do efeito quimioprotetor e quimiopreventivo do extrato nebulizado de X. americana L. em células da linhagem branca tais como os leucócitos não demonstraram alterações no processo inflamatório, foi possível observar uma diminuição na formação de FCA (lesões pré-neoplásicas) consideradas como marcadores do câncer de cólon, o extrato testado neste estudo teve uma ação quimioprotetora e quimiopreventiva no câncer colorretal induzido pelo DMH. Acredita-se que esse efeito seja devido aos constituintes fitoquímicos presentes neste extrato, tais como taninos condensados, flavonoides, ácido gálico, epicatequina, catequina, quercetina, liganinas, monoterpenos, sesquiterpenos, diterpenos, naftoquinonas, triterpenos e esteroides, já que muitos desses fitoquímicos são reportados na literatura científica como de ação anticancerígena.