Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gorri, Jéssica Emiliane Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235668
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Resumo: |
Com a expansão do mercado de café Coffea arábica L. em nível global, se faz necessário minimizar os impasses da produção, tais como os problemas fitossanitários relacionados ao ataque de insetos-praga. Dentre as espécies comuns na lavoura, destaca-se o bicho-mineiro-do-cafeeiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville e Perrottet) (Lepidoptera: Lyonetiidae), praga-chave para a cultura. Seu controle é realizado por aplicações de inseticidas sintéticos, sendo indispensável o estudo de alternativas que auxiliam o controle atual. Derivados botânicos são altamente estudados no controle de insetos-praga, porém, tais derivados possuem características que dificultam sua utilização a campo. Visando contornar características limitantes no emprego de inseticidas sintéticos, bem como de derivados botânicos, o uso associado das duas práticas vem sendo alvo de pesquisas focando a possibilidade de sinergismo. De tal forma, este estudo avaliou, inicialmente, a ação de extratos etanólicos provenientes de sementes de cinco espécies de Annona spp. (Annonaceae) sobre L. coffeella, para selecionar um extrato promissor. Na sequência, o extrato selecionado foi avaliado em mistura com inseticidas sintéticos em três populações da praga (Rio Paranaíba-MG, Franca-SP e Botucatu-SP) em casa de vegetação e a campo (Botucatu-SP). Extratos etanólicos de sementes de Annona mucosa (ESAM) foi o derivado que demonstrou maior eficiencia (80% de mortalidade para lagartas de 2° - 3° instares). Em seguida, as cinco espécies foram divididas em partições hexânicas e metanólicas e novamente avaliadas quanto à bioatividade sobre L. coffeella. A partir dos resultados, a espécie A. mucosa foi selecionada para as análises metabolômicas por apresentar maior mortalidade média de lagartas e menor área foliar consumida. As frações metanólicas indicaram seis glicerofosfolipídeos, incluindo lisolecitina, os alcaloides isoquinolínicos roemerina e reticulina e o alcaloide derivado do ácido cinâmico moupinamida. Em adição, observou-se acetogeninas, divididas em duas famílias moleculares. As frações hexânicas indicaram três classes principais: ácidos graxos, ésteres e fitosteróis. Os efeitos da CL50 do extrato botânico foram avaliados quanto a aspectos biológicos do inseto, revelando ação ovicida, redução de viabilidade das lagartas e redução da área foliar consumida pelo inseto. Nas três populações da praga foi possível observar ação inseticida do ESAM (na CL50 previamente estimada) em mistura com os inseticidas sintéticos, sendo mais evidente nas populações de Franca e Rio Paranaíba com maior número de tratamentos, principalmente com o inseticida Benevia 100 OD® em mistura com ESAM na CL50. Em condição de campo, os tratamentos isolados e/ou em mistura com ESAM (na CL50) resultaram em eficácia acima de 90% após 7 dias da aplicação (DAA) e 65% após 14 DAA sobre a formação de minas iniciais, no qual o inseticida Altacor® demonstrou elevada eficiência independentemente da combinação com ESAM (CL50). Dessa forma, ESAM é uma fonte promissora de compostos com ação sobre L. coffeella e potente composto para uma possível mistura. |