A relação entre história e filosofia em Nietzsche: lutar e escrever contra o seu próprio tempo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215949
Resumo: A relação entre história e filosofia em Nietzsche: lutar e escrever contra o seu próprio tempo está inserida no âmbito da discussão da história da filosofia, da teoria e filosofia da história. No início da pesquisa, foi pontuado uma discussão e uma definição sobre o que é teoria e filosofia da história com o objetivo de introduzir o leitor ao tema. Em seguida, para poder expor o debate sobre a filosofia e a concepção de história nietzschiana, foi utilizada a história das ideias, ou seja, procuramos entender o pensamento de Nietzsche em seu contexto histórico. Por meio dele e das influências intelectuais que o filósofo teve em seu pensamento, suas obras foram divididas em três períodos de produção: o primeiro corresponde ao período do jovem Nietzsche, o segundo, é o intermediário e o último, é aquele em que Nietzsche apresenta sua filosofia de forma mais madura. Apesar da exposição das fases de produção de Nietzsche, o principal foco deste estudo concentra-se na sua primeira fase de escrita, uma vez que, nesse período, o jovem Nietzsche elaborou e publicou sua Segunda Consideração Intempestiva. Nela, o autor critica a história de seu tempo, ou seja, aquela produzida pela filosofia da história hegeliana e por alguns historiadores do paradigma historicista. Ao estabelecer as suas críticas, o filósofo aponta a importância de saber utilizar a história em função da vida e, para isso, são elaboradas críticas contra o excesso de história em seu tempo, que estaria depreciando a vida e causando a febre histórica. Para esses males causados pelo mal uso da história, o filósofo propôs como solução três concepções de história: a monumental, a antiquária e a crítica, ou seja, para cada tipo de problema que a história causasse, o indivíduo deveria usar, de forma equilibrada, uma determinada concepção de história a fim de conseguir tornar a história útil para vida. Por fim, este trabalho tem como objetivo estabelecer um elo entre história e filosofia pelo viés das análises nietzschianas sobre a história, suas críticas contra o historicismo e a filosofia da história hegeliana para, através delas, pensar em uma possível contribuição para os historiadores.