Uma revisão bibliográfica sobre a utilização do termo paradigma em publicações científicas da área da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Faria, Maria Luisa Vichi de Campos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98382
Resumo: O problema que motivou esse trabalho foi a dificuldade, por parte dos profissionais da saúde, em acolher o sofrimento psíquico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Neste trabalho investigamos se esta dificuldade se deve a inadequação epistemológica do paradigma vigente na medicina para lidar com estas questões. Usando uma metodologia baseada em revisão de literatura tradicional, analisamos a utilização do termo paradigma na produção científica brasileira dos últimos dez anos, armazenada na base de dados SciELO. Após busca pelas palavraschave paradigma e medicina e seleção prévia, 17 textos foram escolhidos. Realizamos então análises linguísticas e um levantamento da temática emergente. A análise linguística foi realizada através do levantamento da frequência de uso de termos relevantes nos textos e do grafo de co-ocorrências construído utilizando estes termos. Posteriormente os artigos foram organizados conforme seu foco principal, em três grupos: teórico, ensino médico e prática médica. Levantou-se então a temática emergente de cada grupo. Os textos discutiram algumas das ideias de Kuhn, enfatizando características do paradigma médico hegemônico, sinais de crise desse paradigma e a necessidade de um novo paradigma para lidar com as demandas da atenção primária. Vários artigos apresentaram experiências inovadoras implantadas em Unidades de Saúde e exemplos de mudanças nos currículos de cursos de medicina. O sofrimento psíquico é reconhecido como anomalia paradigmática e a integralidade é caracterizada como um problema epistemológico para o paradigma vigente. As bases teóricas do SUS podem ser consideradas como uma revolução científica, no acepção de Kuhn. A promoção da saúde é um novo e promissor paradigma pois enfatiza a integralidade do cuidado, a prevenção...