Influence of clinicopathological and psychological factors on the smoking maintenance in head and neck cancer patients.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Antunes, Ana Daniela Spínola da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214803
Resumo: O tabagismo é fator de risco para vários tipos de câncer, dentre eles o câncer de cabeça e pescoço (CCP). Apesar do consumo de tabaco também estar relacionado com a ocorrência de segundo tumor primário e menor expectativa de vida, uma taxa considerável dos pacientes com CCP não consegue abandonar o hábito de fumar após o diagnóstico da doença. O objetivo deste estudo foi investigar a influência de fatores sociodemográficos, biocomportamentais, clinicopatológicos e psicológicos na manutenção ou cessação do tabagismo em pacientes com CCP após o tratamento da doença. O estudo foi composto por 71 pacientes com CCP que terminarm o tratamento oncológico há no mínimo 12 meses. As características demográficas, clinicopatológicas e biocomportamentais foram coletadas dos prontuários clínicos e o histórico de tabagismo ao longo do tratamento do câncer foi avaliado por meio de entrevista semi-estruturada. Sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados no período pré-tratamento por meio do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e Inventário de Depressão de Beck (BDI), respectivamente. Vinte e oito pacientes (39,4%) com CCP ainda fumavam imediatamente após o término do tratamento oncológico. Esta taxa aumentou para 43,7% quando o status do consumo de tabaco foi avaliado após 12 meses do final do tratamento. Na análise univariada foi encontrada associação entre variáveis sociodemográficos, clinicopatológicas e psicológicas e a alteração do habito do tabagismo em pacientes após tratamento de CCP. Análise de regressão logística mostrou que ter o tumor primário localizado em boca e a ocorrência do sintoma de tristeza mensurado pelo BDI antes do tratamento foram preditivos para a manutenção do tabagismo 12 meses após o final do tratamento oncológico. Sentimento de fracasso antes do tratamento oncológico foi fator de risco para maior dificuldade em parar de fumar, tanto logo depois do término do tratamento, quanto 12 meses depois. Os sintomas de ansiedade mensurados pelo BAI no período pré-tratamento não foram associados na análise multivariada à manutenção do tabagismo após o tratamento oncológico. Os resultados do presente estudo mostram que uma importante parcela de pacientes com CCP continuam fumando mesmo decorrido um ano do final do tratamento da doença, e que ter o tumor primário localizado em boca e a ocorrência de sintomas depressivos são preditivos para a manutenção do vício. Portanto, fatores clinicopatológicos e psicológicos devem ser considerados no planejamento do tratamento antitabagismo de pacientes com CCP.