O corpo e a escola: um estudo sobre políticas de subjetivação na sociedade contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rocha, Márcio Donizetti [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90077
Resumo: Nesta pesquisa analisamos práticas de interdição do corpo detectadas na sociedade, com desdobramentos na escola. O campo de observação se estabelece nas fronteiras entre igreja e escola, e entre religião e ciência. O foco da atenção dirige-se para o corpo situado neste território. Ao investigarmos as práticas de interdição operadas sobre o corpo, identificamos as marcas das políticas de subjetivação que atravessam os processos educacionais. Analisamos uma prática de interdição ao movimento e um modo de controle dos corpos de adolescentes a partir dos sinais recolhidos durante as aulas de Educação Física, no decorrer de minha experiência de magistério. Além disso, rastreamos as pistas indicativas do que escapa aos mecanismos de captura do poder. Interpretamos algumas práticas corporais observadas no âmbito das aulas de Educação Física em uma escola pública que registra inúmeros conflitos com a injunção de algumas igrejas evangélicas sobre os processos educacionais. Analisamos os sentidos atribuídos à Educação Física e às soluções elaboradas pelos professores, diante dos desafios identificados nos gestos de controle sobre os corpos dos educandos. No contexto da interdição exercida sobre os corpos, perguntamos: Que processos de subjetivação resultam das práticas de interdição dos corpos dos adolescentes?; Quais são as marcas dos elementos disruptivos no corpo interditado?; Por que o educador e a escola não conseguem ajudar o educando a sair do papel de refém nesta condição de corpo interditado? No esforço para responder a estas perguntas, descrevemos o movimento dos corpos na aula de Educação Física, assim como nos colocamos na escuta dos discursos produzidos sobre os efeitos da experiência da interdição que ocorre sobre os alunos. Situamos as práticas religiosas no amplo campo da cultura para, em seguida, estudarmos o exercício do poder pastoral