Africanidades na educação física escolar
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/251145 https://lattes.cnpq.br/5037919291597047 https://orcid.org/0000-0002-0635-370X |
Resumo: | Refletir sobre as propostas pedagógicas na educação física escolar é fundamental para que se desenvolva uma perspectiva que refute práticas tradicionais, coloniais e eurocentradas, afim de produzir e incorporar saberes e culturas que historicamente foram silenciados e invisibilizados na escola e na educação física escolar. Amparado pela Lei 10.639/03 (BRASIL, 2003) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Ético-raciais (BRASIL, 2004), o trabalho com as africanidades nas aulas de educação física, visa trazer à tona essas histórias e culturas nas aulas. Esta pesquisa propôs desenvolver uma proposta pedagógica para a valorização das africanidades nas aulas de educação física, nos 5º anos do ensino fundamental; identificar e analisar as possibilidades e os desafios de professoras de educação física para o desenvolvimento das africanidades (epistemológicas, didático-metodológicas, convicções político-pedagógicas, dentre outras), além de desenvolver um livro que promova a problematização de questões relacionadas as africanidades e suas relações com a corporeidade negra, contribuindo para o enfrentamento do racismo e a promoção de uma educação que valorize as africanidades. As participantes são professoras do componente de educação física e estudantes de duas escolas municipais, de 5º anos do ensino fundamental, do município de Bauru, estado de São Paulo. Essa pesquisa-ação contou com os seguintes instrumentos de coleta de dados: sessões de grupo focal, diário de campo do formador e diário de campo das professoras participantes. A análise dos dados coletados foi realizada por meio da análise de conteúdo . Os dados foram analisados em duas dimensões de análise e em quadro categorias. Os dados coletados evidenciaram uma lacuna formativa para o aprofundamento desses saberes, afim de “contar as histórias” numa perspectiva afrorreferenciada. E ainda, identificou-se que a vivência das africanidades e estratégias didáticas que abordem as africanidades são fundamentais para o conhecimento e significação positiva pelos(as) estudantes sobre as culturas e brincadeiras de matrizes africanas e afro-brasileiras. Assim, essa pesquisa pôde estabelecer reflexões e desenvolver uma proposta didático-pedagógica, numa perspectiva decolonial e afrorreferenciada, que vise ressignificar relações com a corporeidade de matrizes africanas e afro-brasileiras. Essa pesquisa oportunizou a produção de um produto educacional, um livro intitulado Uma viagem ao continente africano: por que não aprendi isso antes?, que visa contribuir para o enfrentamento do racismo e a promoção de uma educação que valorize as africanidades nas aulas de educação física escolar. |