Reatividade de marcadores de proliferação celular e de apoptose em carcinoma de células escamosas cutâneo de gatos como fatores preditivos à resposta ao tratamento com eletroquimioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ribeiro, Roana Cecília dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181062
Resumo: O carcinoma de células escamosas (CCE) cutâneo é uma neoplasia maligna, que representa 15% dos tumores de pele em felinos. As regiões mais acometidas nos felinos pelo CCE são o plano nasal, pálpebras e pavilhões auriculares, tornando desafiadora a excisão cirúrgica com amplas margens. Desta forma, novas abordagens terapêuticas para o CCE cutâneo estão sendo investigadas, com destaque para a eletroquimioterapia (EQT). A determinação das taxas de proliferação celular e apoptose tumoral por meio da imuno-histoquímica, permite avaliar o comportamento biológico tumoral, com otimização da evolução clínica do paciente. Este trabalho teve como objetivo analisar as expressões imuno-histoquímicas de Ki-67, COX-2 e caspase-3 e correlacioná-las com os aspectos clínico-patológicos e o tipo de resposta à EQT em CCE cutâneo de felinos; assim, determinar o potencial prognóstico e/ou preditivo destas variáveis. Para tanto, foram avaliadas 13 amostras de CCE cutâneo de felinos antes da EQT e as análises estatísticas quanto à intensidade de correlação entre as variáveis foram realizadas utilizando o coeficiente de correlação de Spearman, com nível de significância de 95%. Os resultados indicam que houve correlação positiva significativa entre o grau histopatológico e o grau de pleomorfismo celular (ρ=0,81, p<0,01), correlação negativa significativa entre o grau histopatológico e a resposta à EQT (ρ= - 0,6; p=0,03), correlação positiva significativa entre o tamanho e o estadiamento tumoral (ρ=0,92; p<0,01), correlação positiva significativa entre o grau do infiltrado inflamatório e o estadiamento tumoral (ρ=0,55; p=0,048) e correlação negativa, não-significativa, entre o estadiamento tumoral e o tipo de resposta à EQT (ρ= - 0,5, p=0,08). Observou-se que não houve correlação significativa entre as imunomarcações de Ki-67, COX-2 e caspase-3 com o grau histopatológico (ρ=0,36; p=0,23/ ρ=0,036; p=0,90/ ρ=0,009; p=0,97, respectivamente). Assim como, não houve correlação significativa entre as imunoexpressões de Ki-67, COX-2 e caspase-3 com a resposta à EQT (ρ= - 0,18; p=0,54/ ρ= - 0,23; p=0,44/ ρ= - 0,12; p=0,69, respectivamente). Portanto, este estudou evidenciou que as variáveis grau histopatológico, tamanho e estadiamento tumorais, grau de pleomorfismo celular e grau do infiltrado inflamatório foram consideradas fatores prognósticos negativos para o CCE cutâneo e preditivos negativos para a resposta à EQT. Entretanto, os marcadores Ki-67, COX-2 e caspase-3 não foram considerados fatores preditivos para o tipo de resposta à EQT. Assim como não foi observada relação entre estas imunoexpressões com maior agressividade tumoral. Os CCEs avaliados neste estudo apresentaram importante marcação para COX-2, indicando um potencial alvo terapêutico. A EQT mostrou-se segura e efetiva para o controle local dos CCEs cutâneos dos felinos, porém com efetividade reduzida em lesões maiores e invasivas.