Resposta da imunoglobulina A, cortisol e testosterona em duas sessões de treinamento de futebolistas semiprofissionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Seidinger, Sylvia Chedid
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182511
Resumo: INTRODUÇÃO: O treinamento no futebol pode ser exigente para os jovens atletas devido ao excesso de cobrança com relação ao seu desempenho físico, técnico-tático e psicológico, o que influenciar o funcionamento dos seus sistemas orgânicos e interferir no seu desempenho. Analisar e interpretar essas alterações pode auxiliar no planejamento e na organização adequada dos treinamentos atenuando o possível declínio do rendimento dos atletas. OBJETIVO: Analisar a resposta da imunoglobulina salivar A (SIgA) e dos hormônios esteroides cortisol e testosterona em duas sessões de treinamento diferentes de jovens futebolistas semiprofissionais. METODOLOGIA: A amostra foi composta por 12 atletas de futebol do sexo masculino e da categoria sub19 de um time semiprofissional da cidade de Presidente Prudente (SP). Foram realizadas avaliações antropométricas e de composição corporal e coletas salivares para dosagem de cortisol (CS), testosterona (TS) e SIgA. Foram monitoras duas sessões de treinamento: jogo-treino (JT) e uma sessão de treinamento usual da equipe (TT). Foi realizado um JT respeitando as regras do futebol e contra uma equipe que disputaria o mesmo campeonato da equipe avaliada no presente estudo. O TT foi composto por atividades de condicionamento físico, técnicas e táticas específicas do futebol. As coletas salivares foram realizadas antes e após as sessões de treinamento. A saliva coletada foi dosada por ensaio imunoenzimático (ELISA) e Kits Salimetrics, seguindo instruções do fabricante. Para o tratamento estatístico foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e com base nos parâmetros fornecidos foi decidida pela estatística não paramétrica. A apresentação dos resultados referentes à caracterização da amostra foi realizada pela estatística descritiva, com média e desvio padrão. As comparações dos deltas absolutos obtidos após o JT e TT foram realizadas por meio da análise de covariância (ANCOVA), as covariáveis utilizadas no modelo foram pico de velocidade de crescimento e tempo total de treinamento, a qual gerou médias estimadas. Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa SPSS (versão 22) e a significância estatística estabelecida em 5%. RESULTADOS: As concentrações de TS foram maiores no JT (média = 32,0; IC= 11,3; 52,7), apesar de não haver diferença significativa (p-valor = 0,157), o tamanho do efeito foi considerado moderado (ES-r = 0,097). As concentrações de CS aumentaram no JT (0,8; IC = 0,5; 1,0) e diminuíram no TT (-0,3; IC = -0,5; 1,0) com significância estatística (p-valor = 0,000) e um tamanho de efeito elevado (ES-r = 0,612). A razão testosterona/cortisol (T/C) diminuiu no JT (-1239,8; IC= -2869,3; 389,8) e no TT ela aumentou (1372,6; IC= -257,0; 3002,1), e apesar de não haver diferença significativa (p-valor = 0,087), o tamanho do efeito foi considerado moderado (ES-r = 0,139). As concentrações de SIgAabs foram maiores no TT (3,8; IC = 0,5; 7,0), e apesar de não haver diferença significativa (p-valor = 0,209), o tamanho do efeito foi considerado moderado (ES-r = 0,071). CONCLUSÕES: Um JT pode ser mais exigente para o organismo de atletas semiprofissionais de futebol da categoria sub19, tendo em vista que promoveu elevação do CS, quando comparado a uma sessão de treinamento técnica-tática e de condicionamento físico.