Efeitos da dose supra fisiológica de cipionato de testosterona na composição bioquímica da saliva, função e estado redox das glândulas parótida e submandibular de ratos wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sampaio, Larissa Victorino [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257764
Resumo: O uso abusivo de esteroides anabolizantes androgênicos tornou-se um sério problema de saúde em todo o mundo, mas seus efeitos na saúde bucal ainda são pouco compreendidos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da dose supra fisiológica de cipionato de testosterona (CT) nos parâmetros bioquímicos salivares, histomorfometria, imuno-histoquímica e estado redox das glândulas parótida e submandibular. Vinte ratos Wistar, de 12 semanas de idade, foram divididos em dois grupos (n=10/grupo): grupo controle e grupo CT, que recebeu uma dose de 20 mg/kg (Deposteron®, EMS Sigma Pharma LTDA, Brasil), uma vez por semana, durante 6 semanas. Após o tratamento, a saliva e as glândulas foram coletadas. A administração de CT aumentou as concentrações de testosterona plasmática e salivar. Embora o CT não tenha alterado o fluxo salivar, o pH e a capacidade tamponante, o tratamento aumentou a secreção salivar de proteína total e reduziu amilase, cálcio, fosfato e potássio. O CT reduziu a área do tecido conjuntivo na glândula parótida e a área acinar da glândula submandibular, ao mesmo tempo que aumentou a área dos túbulos convolutos granulares na glândula submandibular. O antígeno nuclear de células em proliferação foi maior nas células acinares das glândulas submandibulares do grupo CT. Além disso, o CT aumentou as concentrações de capacidade oxidante total e do dano aos lipídeos em ambas as glândulas salivares, enquanto a atividade antioxidante total e o ácido úrico foram menores na glândula submandibular, e a glutationa reduzida foi maior em ambas as glândulas. As atividades de superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase foram maiores na glândula parótida, enquanto apenas a atividade da glutationa peroxidase foi menor na glândula submandibular do grupo CT. Em conclusão, o abuso de CT pode ser um fator potencial para a disfunção das glândulas parótida e submandibular, tornando-se um fator de risco para a saúde bucal e sistêmica dos usuários.