Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mariana Barros de Cerqueira e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235133
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Resumo: |
As doenças cardiovasculares (DCV) são a maior causa de mortalidade no mundo. Entre os processos dislipidêmicos, a hipercolesterolemia é o principal fator de risco para o desenvolvimento dessas doenças. As estatinas são o tratamento de primeira escolha, e embora sejam bem toleradas, apresentam diversos efeitos adversos. Por outro lado, peptídeos derivados de algumas proteínas, especialmente àquelas encontradas nos grãos de leguminosas têm mostrado exercer efeito redutor da concentração de colesterol plasmático. Em estudos anteriores, peptídeos derivados da proteína β-vignina do feijão-caupí diminuiram a atividade da enzima HMG-CoA redutase, in vitro. Nesse trabalho avaliamos a capacidade dos peptídeos MPNY, QDF e GSTLN e seus análogos e conjugados em regular o metabolismo lipídico in sílico e in vitro. Os peptídeos MPNY e QDF também foram avaliados em ratos alimentados com dieta hiperlipídica. Os peptídeos foram sintetizados, utilizando o método de síntese em fase sólida e purificados por FR-CLAE. A atividade de inibição enzimática foi avaliada em ensaios in vitro, utilizando kit HMG-CoA reductase assay. No estudo in vivo, os peptídeos e a sinvastatina foram administrados por via oral (10 mg/kg de peso) em ratos e os efeitos foram avaliados após 14 dias. A ingestão alimentar foi semelhante entre todos os grupos, com exceção ao grupo tratado com sinvastatina, que apresentou menor consumo e ganho de peso (16%). Não houve diferença significativa entre os grupos em relação ao HDL-C, contudo o grupo tratado com QDF apresentou menor concentração de triglicérides (-23%) comparado com o grupo controle sem tratamento, não havendo diferença na concentração de colesterol total. O grupo tratado com sinvastatina, comparado ao grupo controle, mostrou redução das concentrações de colesterol total (-21%) e triglicérides (-23%), mas apresentou aumento significativo (+27%) da concentração de glicose. Os dados ainda mostraram uma maior toxicidade da sinvastatina em relação aos dois peptídeos em linhagens tumorais HepG2 (hepatocarcinoma humano), Caco2 (carcinoma de cólon) e A204 (rabdomiossarcoma). Adicionalmente, análogos do QDF desenhados durante o projeto sozinhos e ligados covalentemente ao GSTLN demonstraram capacidade em inibir a HMG-CoA redutase in sílico e in vitro. Os peptídeos NDY, pGluDF e pGluDFespaçador1-GSTLN apresentaram IC50 de 112,4, 95,50 e 54,96 µM respectivamente. O pGluDF-espaçador1-GSTLN, que mostrou maior potência, sendo aparentemente capaz de inibir a enzima nos sítios catalíticos de ligação do substrato e no de ligação do NADPH. Os resultados demonstraram que peptídeos oriundos de leguminosas apresentam potencial hipocolesterolêmico e podem ser considerados novos compostos no desenvolvimento de moléculas com atividade hipocolesterolêmica e utilizado no tratamento das doenças cardiovasculares. |