Avaliação dos efeitos do inseticida imidacloprido para abelhas sem ferrão Scaptotrigona postica Latreille, 1807 (Hymenoptera, Apidae, Meliponini): Hellen Maria Soares. -

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Soares, Hellen Maria [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/87695
Resumo: Em todo o mundo o declínio de colônias de Apis mellifera é motivo de preocupação, por isso muitos trabalhos tem mostrado os efeitos adversos de inseticidas para esta espécie. Estudos toxicológicos são raros para as abelhas sem ferrão, embora o Brasil possua grande diversidade de meliponíneos. O inseticida imidacloprido é agonista da acetilcolina e age nos receptores nicotínicos de acetilcolina dos insetos provocando, em doses subletais, deficiência na aprendizagem e na formação de memória. Este trabalho determinou a toxicidade do imidacloprido para a espécie sem ferrão Scaptotrigona postica, através da dose letal média (DL50) tópica e da concentração letal média (CL50) de ingestão. A DL50 tópica foi de 25,20 (24 horas) e 24,46 (48 horas) ng i.a./μL/abelha e a CL50 de ingestão foi 42,50 (24 horas) e 14,28 (48 horas) ng i.a./μL dieta. A partir dos resultados de CL50, duas concentrações subletais, a concentração letal e uma concentração acima da letal foram escolhidas para realização das análises dos efeitos citotóxicos do imidacloprido sobre os corpos pedunculados, o ventrículo e os túbulos de Malpighi. Sintomas de intoxicação como hiperexcitação, paralisia e desorientação foram notados para as abelhas que tiveram sua dieta contaminada com imidacloprido. Nos corpos pedunculados de abelhas tratadas observou-se dilatação dos espaços intercelulares, marcação significativa de caspase-3 e alterações celulares como condensação cromatínica e degeneração mitocondrial que podem estar relacionados com o processo de morte celular por apoptose. Embora alterações metabólicas não tenham sido notadas no órgão alvo do imidacloprido, o cérebro, os órgãos que participam de sua metabolização e excreção, o ventrículo e os túbulos de Malpighi respectivamente, tiveram seu metabolismo aumentado...