Relação da prática de atividade física na infância e adolescência com diferentes intensidades e parâmetros cardiovasculares na vida adulta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Caroline Rodrigues da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236870
Resumo: Introdução: A adolescência é o período que compreende a transição da infância para vida adulta, durante esse período torna-se necessário para um bom desenvolvimento à realização da prática de atividade física (AF), que está diretamente relacionada com uma série de fatores positivos na saúde que podem ser carreados para a vida adulta. Objetivo: Analisar as associações entre a prática de atividade física prévia, com as diferentes intensidades de atividade física, diferentes domínios e parâmetros cardiovasculares (pressão arterial, diabetes, triglicérides e colesterol) na vida adulta. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por adultos com idade igual ou superior a 18 anos da cidade de Santo Anastácio-SP. Foi realizado inicialmente uma entrevista e aplicado um questionário face a face, após os participantes assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido, foram avaliadas a prática de AF na infância e na adolescência, prática esportiva, avaliação por medida direta da AF, avaliação dos diferentes domínios de AF, morbidades autorreferidas, adiposidade corporal. A medida objetiva da AF foi realizada por meio do aparelho acelerômetro e, as morbidades autorreferidas foram compostas por ausência ou presença de diabetes e/ou triglicérides elevado e/ou colesterol alto e/ou hipertensão arterial. Participantes que referiram que ingerem medicamentos para algum desses problemas foram classificados como tendo o (s) desfecho (s) relatado (s). Para verificar as relações entre a prática na infância e adolescência com as diferentes intensidades e domínios de atividade física, bem como os parâmetros cardiovasculares foi utilizada a Regressão Logística Binária com intervalo de confiança de 95%. A significância estatística adotada foi de 5%. Resultados: a prevalência de prática esportiva na infância e na adolescência foi próxima de 40%. Aproximadamente 35% (IC95% = 29,7-41,2) dos participantes relataram ter praticado esporte nessas duas fases da vida. O modelo ajustado revelou que a prática esportiva na infância não estava associada à AF 10 em qualquer intensidade na vida adulta. Em todos os fatores de risco cardiovasculares analisados neste estudo, a prevalência foi maior entre os participantes que não praticam esportes na infância e na adolescência. Os participantes que atuavam na infância em relação ao esporte apresentaram 55% e 61% menos chances de dislipidemia e hipertensão na idade adulta, respectivamente, considerando o modelo de valor bruto. Os participantes que praticavam esportes na adolescência tinham 59% menos chances de ter hipertensão na idade adulta, mesmo após ajustes feitos no modelo multivariado. Conclusão: a prática de esportes ao longo da vida foi associada a maiores intensidades de atividade física na vida adulta. Acredita-se que a prática de atividade física ao longo da vida está associada a diminuição e prevenção de doenças cardiovascular.