Complexidade do ambiente e assimetria no andar de idosos com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Orcioli-Silva, Diego [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/132953
Resumo: Introdução: A presente dissertação de mestrado é composta por dois estudos. O Estudo 1 analisou e comparou a influência do aumento da complexidade do ambiente nos parâmetros cinemáticos e cinéticos do andar de idosos com doença de Parkinson (DP) e idosos neurologicamente sadios. O Estudo 2 analisou e comparou a assimetria do andar de idosos com DP e idosos neurologicamente sadios em ambientes com múltiplos obstáculos. Materiais e método: A amostra do estudo foi composta por 38 idosos, sendo 19 idosos com DP e 19 idosos sadios. A tarefa experimental consistiu em andar em velocidade preferida nas seguintes condições: sem ultrapassagem de obstáculo; com ultrapassagem de um obstáculo; com ultrapassagem de dois obstáculos a 108cm de distância entre eles (Estudo 1), ainda, no Estudo 2 foi acrescentada a condição com ultrapassagem de dois obstáculos a 50cm de distância entre eles. No Estudo 1, a ultrapassagem foi realizada com o membro inferior direito e, no Estudo 2, com ambos os membros inferiores. Para o andar sem obstáculo, foi analisada a passada central. Nas condições com obstáculo(s) foram analisadas as fases de aproximação e ultrapassagem, sendo que, na condição com dois obstáculos, a análise foi realizada apenas para o primeiro obstáculo. No Estudo 1 foram analisados os parâmetros cinemáticos e cinéticos do andar e no Estudo 2 foi calculado o Índice de Assimetria para cada variável do andar. Resultados: Estudo 1: os idosos diminuíram o comprimento da passada nas condições com 1 e 2 obstáculos e, na condição com 2 obstáculos, aumentaram a duração da passada. Ainda, os idosos com DP diminuíram a porcentagem em suporte simples e aumentou o duplo suporte em ambas as condições com obstáculos. Na fase de ultrapassagem, a presença de 2 obstáculos no andar exigiu ajustes cinemáticos e cinéticos (menor comprimento e velocidade do passo, menor distância horizontal e vertical entre o pé e o obstáculo e menor impulso horizontal de frenagem) mais acentuados comparado às outras condições. Estudo 2: os idosos com DP aumentaram a assimetria na fase de aproximação, especialmente nas variáveis temporais do passo (duração e fase de balanço do passo), nas condições com múltiplos obstáculos. Na fase de ultrapassagem, os idosos com DP apresentaram maior assimetria na distância vertical do pé para o obstáculo. Conclusão: Os idosos realizam ajustes nos parâmetros do andar em ambientes com obstáculos. Devido à maior exigência motora, atencional e sensorial do ambiente com múltiplos obstáculos, os idosos aumentaram a duração da passada na fase de aproximação, demonstrando a necessidade de mais tempo para processar as informações do ambiente. Contudo, devido aos déficits na integração sensório-motora e comprometimentos motores dos idosos com DP, o andar em ambientes mais complexos é mais prejudicial para essa população, exacerbando a bradicinesia e a hipometria. Por fim, os idosos com DP apresentam maior assimetria no andar quando comparados a idosos sadios em ambiente com múltiplos obstáculos, principalmente na fase de aproximação.