Linha retas e linhas curvas: a intensificação retórica e a ampliação de sentidos em contos machadianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cardoso, Patrícia Alves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106342
Resumo: Nesta pesquisa, procuramos analisar a intensificação dos investimentos retóricos, especialmente a elipse, na construção de sentidos em contos de Machado de Assis. Acreditamos que, por meio desse recurso temporal, o autor consegue transcender a estrutura clássica do conto, principalmente a partir da ambigüidade de seus textos, pois essa técnica altera o processo esperado de refiguração da intriga. Para verificarmos as hipóteses de trabalho, analisamos todos os quarenta e três contos dos quatro primeiros livros de Machado de Assis (de Contos fluminenses a Histórias sem data). A partir das análises, pudemos observar que, além da elipse, recursos como a ironia, o humor e a alegoria tiveram seu uso reforçado, o que aprimorou o texto machadiano no que se refere à construção da ambigüidade. Verificamos, também, que a elipse tem seu apogeu em Histórias sem data (1884). O trabalho é composto de cinco capítulos. O primeiro faz um breve percurso pela crítica machadiana tradicional e os demais tratam de cada um dos livros de contos, obedecendo à ordem cronológica de publicação. Cada capítulo tem sua conclusão, que servirá de base à conclusão final, resultante da relação dos resultados obtidos nesse trajeto. Portanto, aliado ao estudo desse corpus, refletimos sobre a fortuna crítica e utilizamos as teorias necessárias para investigar, especialmente, a velocidade narrativa, verificando o percurso do explícito para o implícito, a partir da utilização da elipse e de outros mecanismos geradores de sentido.