Avaliação in vivo e in vitro das emulsões de palmarosa e tomilho como agentes irrigantes finais para o tratamento endodôntico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cury, Marina Tolomei Sandoval [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242986
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro e in vivo a atividade antimicrobiana, biocompatibilidade e o poder flogógeno das emulsões de Cymbopogon martinis (Palmarosa) e Thymus vulgaris (Tomilho) como agentes irrigantes finais. Para o teste in vitro, espécimes de dentina radicular foram obtidas a partir de incisivos inferiores permanentes humanos foram contaminados com biofilme multiespécie. Após as amostras serem instrumentadas com Reciproc R25, foram testados protocolos de irrigação final com hipoclorito de sódio 1%, soro, emulsão de Tomilho e emulsão de Palmarosa. Microscopia confocal com coloração de viabilidade foi utilizada para analisar quantitativamente as proporções de bactérias mortas e vivas no interior dos túbulos dentinários, após 5 minutos e após 48 horas da irrigação final. Os resultados foram analisados com ANOVA e teste de Tukey, com nível de significância estabelecido em 5%. Para a análise histológica, tubos de polietileno com os extratos foram implantados no dorso de 24 ratos machos Wistar. A análise da cápsula fibrosa e do infiltrado inflamatório foram realizadas após 7, 15 e 30 dias. Os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis e Dunn, com nível de significância de 5%. O grupo soro apresentou a maior invasão bacteriana, não havendo diferença entre os períodos. O hipoclorito de sódio demonstrou maior remoção de biofilme após 5 minutos (p < 0,05), diminuindo seu poder bactericida em 48 horas, se igualando às emulsões de Tomilho e Palmarosa em 5 minutos (p > 0,05). Ambas emulsões apresentaram um decréscimo na atividade antimicrobiana com o decorrer do tempo. Para a quantificação do edema, foram utilizados 36 ratos que receberam injeção intravenosa de Azul de Evans 1%. Após 30 minutos, os animais receberam injeção subcutânea na região dorsal de emulsão de Palmarosa ou Tomilho ou soro fisiológico (controle). Os animais foram eutanasiados após 3 e 6 horas, as amostras coletadas, imersas em formamida por 72h e avaliadas por espectrofotometria. Os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis foram usados para analisar os dados histológicos, e os resultados do teste edemogênico foram analisados com ANOVA e teste de Tukey, com nível de significância de 5%. O reparo tecidual foi significativamente melhor após 15 dias do que após 7 dias (p < 0,01), tornando-se semelhante ao controle após 30 dias, não havendo diferença estatística entre as emulsões (p > 0,05). O grupo Tomilho induziu maior edema em comparação com o grupo controle em 3 horas, e não mostrou diferença comparado com a Palmarosa. Em 6 horas, ambas as emulsões apresentaram maior edema inflamatório que o grupo controle (p < 0,05). Podemos constatar que as emulsões de Palmarosa e Tomilho são biocompatíveis, mesmo gerando reação inflamatória inicial, e geram exsudado inflamatório que intensifica com o decorrer do tempo. Além disso, a supressão bacteriana imediata foi efetiva por ambas emulsões, porém menos efetiva que o hipoclorito de sódio.