Suplementação alimentar em cordeiros: influência sobre a imunidade do hospedeiro, biologia e patogenia de Haemonchus contortus e Trichostrongylus colubriformis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Nadino [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151530
Resumo: Na produção animal o planejamento nutricional inadequado desencadeia grandes prejuízos ao sistema produtivo, trazendo consequências adversas aos animais e menores lucros ao criador. Este trabalho teve por objetivo avaliar a influência da suplementação alimentar sobre a imunidade dos cordeiros, biologia e patogenia de Haemonchus contortus e Trichostrongylus colubriformis. Quarenta e quatro cordeiros machos da raça Dorper com aproximadamente quatro meses e 31,5±3,24 kg de peso corporal foram alocados aleatoriamente em quatro dietas à base de feno triturado, Cynodon dactylon (cv. Tyfton), acrescido de 0%, 25%, 50% ou 75% de concentrado. Em cada dieta sete animais foram infectados com 1.000 larvas infectantes (L3) de H. contortus e 1.000 L3 de T. colubriformis a cada três dias ao longo de 12 semanas. Em cada dieta, quatro animais permaneceram como grupo controle, Não-Infectados. Os grupos experimentais foram: 0%-Infectado, 0%-Não-Infectado, 25%-Infectado, 25%-Não-Infectado, 50%-Infectado, 50%-Não-Infectado, 75%-Infectado e 75%-Não-Infectado. Quanto maior a suplementação, menor a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) de H. contortus (P < 0,0001), porém sem influência sobre contagem de OPG de T. colubriformis. O número de fêmeas de H. contortus foi maior no grupo 0% infectado que nas demais dietas (P = 0,0052). Em nenhuma fase parasitária de T. colubriformis houve efeito da Dieta (P > 0,05). Animais da dieta 0%-Infectado tiveram menor volume globular (VG) que seu grupo controle 0%-Não-Infectado a partir do dia 49 do início das infecções (P < 0,05). Na dieta 25% essa diferença entre animais infectados e não infectados só ocorreu na última aferição de VG, dia 84 após o início das infecções. Nas demais dietas não houve diferença significativa. Não houve efeito da dieta sobre os parâmetros imunológicos avaliados (P > 0,05). Houve redução no consumo de matéria seca, ganho em peso diário e rendimento de carcaça fria de animais infectados (P < 0,05). Dieta com 10,18% de proteína metabolizável e 2418 Kcal/kg de energia metabolizável (dieta com 50% de concentrado) confere resistência a infecções por H. contortus, pois reduz a contagem de OPG e a quantidade de fêmeas adultas recuperadas do abomaso, bem como resiliência, pois minimiza o aparecimento de anemia e hipoproteinemia.