Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Riboli, Danilo Flávio Moraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153228
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Resumo: |
Introdução: o isolamento de estafilococos coagulase negativos (ECN) de pacientes em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) pode representar, muitas vezes, uma contaminação ao invés de bacteremia. O padrão ouro para o diagnóstico de sepse neonatal é a positividade de duas hemoculturas coletadas num intervalo de 48 horas associada às manifestações clínicas sugestivas de sepse. A resistência aos antimicrobianos e a formação de biofilme são fatores seletivos na persistência de cepas de S. epidermidis e S. haemolyticus. A técnica de Eletroforese em Gel de Campo Pulsado (PFGE), altamente discriminatória, é frequentemente usada para a investigação de surtos. A tipagem por Multilocus Sequence Typing (MLST) se tornou o método de escolha no estudo epidemiológico em longo prazo. Objetivos: esse estudo teve como objetivos caracterizar o perfil das infecções de corrente sanguínea por Staphylococcus spp. em RNs internados na UTIN, os fatores de risco para infecção, perfil de virulência e resistência antimicrobiana dos estafilococos isolados, bem como a presença de clones prevalentes na unidade. Resultados: foram isolados 72 Staphylococcus spp. de hemoculturas de 54 recém-nascidos de Março de 2014 a Agosto de 2015. Foram confirmados 37 episódios de Infecção da Corrente Sanguínea (ICS) causados por Staphylococcus spp., sendo 27 associados a espécie S. epidemidis, 3 S. haemolyticus, 2 S. capitis e 5 S. aureus. A maioria dos Recém-nascidos (RNs) possuía extremo baixo peso, nasceu com menos de 31 semanas de gestação (72,2%), fazia uso de cateter e ventilação mecânica. Das 72 amostras de Staphylococcus spp. analisadas, 55 (76,4%) possuíam o gene mecA de resistência à meticilina. Em 19 (26,4%) amostras foi encontrado o gene sea, 13 (18,1%) o gene seb, 13 (18,1%) o gene sec e 8 (11,1%) o gene sed. Em 13 das amostras foram encontrados os genes do operon icaADBC completo. Os genes para produção de hemolisinas hla, hlb e hld foram encontrados em 43 (59,7%), 40 (55,5%) e 34 (47,2%) do total de isolados, respectivamente. Foram observados dois clusters majoritários de S. epidermidis na técnica de PFGE, um com 26 amostras (43.3%) e outro com 16 amostras (26,7%). Dentre os S. haemolyticus isolados, constatou-se que as três amostras possuíam 100% de similaridade. Foi feito o MLST de uma amostra de cada cluster de S. epidermidis sendo encontrado ST59 e ST2. O spa typing das amostras de S. aureus tipadas por essa técnica foram t002 e t0084. Conclusão: a capacidade de formar biofilme, de resistência a antibióticos e de produção de fatores de virulência podem fazer com que cepas endêmicas permaneçam por longos períodos no ambiente hospitalar. A detecção de cepas específicas pode ajudar no diagnóstico precoce de infecções mais graves sendo um diagnóstico preciso, combinando a detecção do micro-organismo no hospedeiro com o quadro clínico sugestivo, fundamental no tratamento dessas infecções por esses micro-organismos. |