Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Sita, Daniele Evangelista [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151322
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Resumo: |
Essa pesquisa teve como objetivo investigar se a prática pedagógica de professores especialistas, que trabalhavam com crianças deficientes visuais, se organizava de modo que contribuísse com o desenvolvimento dos processos imaginativos e criativos de tais crianças. Os processos criativos emergem em atividades lúdicas, nos desenhos e na produção de narrativas na infância. De acordo com a teoria sócio histórica de Vigotski, assim como qualquer outra função psicológica superior, a imaginação e a criação têm sua origem no social e se modificam ao longo do desenvolvimento humano. Elas não surgem de repente, mas lenta e gradualmente, desenvolvendo-se do mais simples para formas mais complexas. Constroem-se a partir dos materiais captados do mundo real e estão diretamente relacionadas com a riqueza e a variedade das experiências acumuladas pelo homem. A presente pesquisa, fundamentada pela teoria sócio histórica, observou e analisou o trabalho de quatro professoras do Instituto Roberto Miranda, localizado na cidade de Londrina, que atende pessoas com deficiência visual. Foram realizadas entrevistas e observações em sala ao longo de cinco meses. Com os dados coletados, pôde-se perceber que não houve nenhum trabalho intencionalmente pensado com o objetivo de desenvolver nas crianças a imaginação e a criação, mas que, por outro lado, as professoras tinham como característica desenvolver suas propostas pedagógicas por meio de atividades lúdicas, então, consequentemente, tais processos estavam sendo estimulados. Além disso, deve-se ressaltar que o trabalho pedagógico didático também contribui para o desenvolvimento da imaginação e da criação, pois como dissemos, eles dependem das apropriações que as crianças fazem do mundo, então quanto mais ela conhecer, maior será sua capacidade de imaginar e criar. Podemos concluir que as atividades desenvolvidas pelas professoras do Instituto contribuem para o desenvolvimento da imaginação e da criação em crianças com deficiência visual, mas tal trabalho poderia ser potencializado se houvesse uma proposta pedagógica que valorizasse tais aspectos e trabalhasse intencionalmente para isso. A imaginação é a função psicológica responsável pela criação de cenários, de ideias e objetos que não estão presentes na realidade. Ela permite que o homem se projete para o futuro e a escola não pode continuar ignorando esse fato. As crianças precisam ser apoiadas na criação e no desenvolvimento afetivo de suas ideias, porque não podemos nos esquecer que todo o saber foi produzido historicamente por homens que tiveram a capacidade de imaginar e criar. |