Efeito da pentoxifilina na função testicular e produção espermática de equinos submetidos a estresse térmico escrotal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Yamê Fabres Robaina Sancler da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151563
Resumo: O presente estudo propõe avaliar o efeito do tratamento oral com pentoxifilina sobre a qualidade seminal, morfometria, histologia e expressão gênica testicular de garanhões submetidos ao estresse térmico escrotal. Além disso, objetiva testar a eficiência de novo método de aquecimento escrotal na espécie equina. Para isso 14 garanhões foram divididos em três grupos: Controle (CT, n=4), Degenerado (DG, n=5) e Degenerado Tratado (PTX, n=5). O insulto térmico escrotal foi realizada utilizando uma bolsa térmica acoplada a uma fonte de ar aquecido a 50º C, durante uma hora no início da manhã e uma hora no final da tarde, no D-1 e D0. Um dia após o insulto (D1), o tratamento com 17 mg/kg pentoxifilina oral, a cada 12 h, foi iniciado e conduzido por 30 dias. Os animais foram coletados duas vezes por semana do D-24 ao D60 e o sêmen avaliado quanto a cinética, morfologia espermática, integridade de membrana plasmática, geração do ânion superóxido intracelular e mitocondrial, índice de peroxidação lipídica e índice de caspases ativadas 3 e 7. No D30 e D60 biópsias testiculares foram realizadas e as amostras destinadas a histopatologia, e ao RT-qPCR, quanto a resposta a apoptose, choque térmico e estresse oxidativo. As medidas testiculares de comprimento, altura e largura foram mensuradas utilizando paquímetro, e o volume testicular relativo foi calculado, uma vez por semana do D-5 ao D60. Dentre os resultados obtidos, o método de estresse térmico escrotal utilizado se mostrou eficiente em induzir degeneração testicular em garanhões. O tratamento com a pentoxifilina apresentou efeito benéfico no sêmen quanto a motilidade total e porcentagem de espermatozoides rápidos. Além disso, minimizou a peroxidação lipídica, previniu a ativação de mecanismos de apoptose nos espermatozoides, e reduziu o número de defeitos espermáticos (defeitos totais, maiores, de cabeça, presença de células germinativas e formas teratológicas). Na avaliação histológica, o fármaco promoveu redução dos danos causados pelo calor no D60, como uma menor presença de ondulação da lâmina basal — refletindo uma menor atrofia dos túbulos seminíferos — no entanto, não foi eficiente em prevenir o aparecimento de lesões, como o edema intesticial, vacuolizaçao de células germinativas, ausência de espermatozoides e aumento da luz dos túbulos seminíferos. Os efeitos benéficos da pentoxifilina podem ser atribuídos à inibição da apoptose em células germinativas observada aos 30 e 60 dias pós-insulto térmico e à ativação de mecanismos de proteção celular em resposta ao choque térmico. No entanto, mais estudos, quanto a dose e tempo de uso da pentoxifilina, são necessários para se alcançar melhores respostas no tratamento da degeneração testicular em equinos.